ANÁLISE DO COURO CABELUDO DE MULHERES COM AIDS SUBMETIDAS À AUTÓPSIA: aspectos epiteliais, foliculares e imunológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Faria, Humberto Aparecido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/161
Resumo: Introdução: Várias doenças de pele e do couro cabeludo (CC) ocorrem com maior gravidade clínica em indivíduos infectados pelo HIV. Com o surgimento e a eficácia da HAART, houve diminuição na incidência dos processos associados com a imunodeficiência, e surgimento de problemas aparentemente menos graves, como as onicodistrofias, a dermatite seborréia e a alopecia. Existe aumento do número de casos de Aids no gênero feminino, e queixas freqüentes destas mulheres em relação a alterações do CC. A hipótese deste estudo é que o HIV provoca alterações morfológicas no CC, alterando sua imunidade local. Objetivos: avaliar a espessura da epiderme, o número de camadas celulares epiteliais, o diâmetro das células epiteliais, a quantidade de fibras colágenas (FC) e de fibras elásticas (FE), de folículos pilosos (FP), das Células de Langerhans (CL) e a presença de Processos Patológicos Gerais (PPG) no CC de mulheres autopsiadas com Aids. Materiais e Métodos: Foram avaliados 28 fragmentos de CC de mulheres com idades entre 18 e 46 anos. As pacientes foram divididas em dois grupos: com Aids (N=14) e sem Aids (N=14). Foram realizadas análises histoquímicas: Hematoxilina e Eosina para espessura da epiderme, número de camadas celulares epiteliais, diâmetro das células epiteliais, contagem de FP e avaliação dos PPG; Picro-sírius para quantificação de FC; Verhoeff para FE; e imunohistoquímica com o anticorpo anti-S100 para quantificação das CL. Para análise morfométrica foram utilizados os softwares KS300 (Kontrol Zeiss®) e Leica QWin. Resultados: Os casos com Aids apresentaram redução do número de FP totais, e aumento da porcentagem de FP telógenos. Houve redução de todos os demais parâmetros morfométricos avaliados no CC de mulheres com Aids, com ausência de valores significativos em relação ao número de CL totais e porcentagem de FC. Conclusões: este estudo demonstra que há redução da integridade do CC de mulheres com Aids, fornecendo parâmetros para um melhor diagnóstico clínicomorfológico destas pacientes.