Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Debora Esteves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23393
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Resumo: |
Trata-se de um estudo descritivo de cunho longitudinal, com abordagem quantitativa, utilizando o método visual através dos registros fotográficos em pacientes com Câncer da mama em esquema de quimioterapia que utilizaram a técnica da Crioterapia capilar a fim de verificar o resultado da técnica na possível redução da alopecia, em diferentes protocolos de quimioterapia. A alopecia refere-se à perda dos cabelos e apesar de não ser um evento adverso clinicamente importante, apresenta repercussões significativas, pois afeta a imagem corporal da pessoa, traz sofrimento, altera as relações interpessoais e a vida social podendo levar à depressão e à baixa da imunidade. A escassez de estudos que demonstrem alguma eficácia do resfriamento capilar na redução da alopecia tem dificultado a avaliação quanto à porcentagem de alopecia em pacientes que realizam a técnica durante a quimioterapia. No entanto, o fato do paciente ter a possibilidade de manter o seu cabelo ou reduzir essa queda durante seu tratamento pode causar um grande impacto na vida desses pacientes, justificando assim, a realização deste estudo que vem a ser o primeiro estudo que demonstra os resultados da modalidade de resfriamento no Brasil e com o aparelho de resfriamento de origem brasileira. Diante da magnitude da atual situação do câncer de mama no Brasil, e da crioterapia capilar ser uma possível alternativa para redução da alopecia estabelecemos como objetivo geral deste estudo: Analisar os resultados da utilização da técnica de Crioterapia capilar na redução da alopecia utilizando diferentes esquemas de protocolos quimioterápicos. E como objetivos específicos: Mensurar o grau de perda capilar, de pacientes com Câncer de mama, em uso da técnica de crioterapia capilar em tratamento quimioterápico utilizando a escala de Dean; Discutir as implicações da técnica da Crioterapia capilar frente ao grau de perda capilar para os cuidados de enfermagem em diferentes protocolos quimioterápicos. Método: Trata-se de estudo descritivo de cunho longitudinal, com abordagem quantitativa, realizado entre Junho de 2020 a Fevereiro de 2021, com 18 participantes mulheres com idade entre 32 e 59 anos em tratamento com quimioterápico indutor de alopecia. Pesquisa desenvolvida no ambulatório de quimioterapia, localizado no Rio de Janeiro. A pesquisa cumpriu os termos da Resolução 466/2012, com a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética e a assinatura de todos os participantes no Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Foram efetuados registros fotográficos do primeiro dia de tratamento, a cada início de ciclo da terapia e ao término da mesma. Avaliações quanto ao quantitativo de perda capilar foram realizadas por dois membros da pesquisa e a avaliação do próprio paciente, tendo como resultado a média das três avaliações. Com resultado percentual dessa perda, foi verificado o grau de alopecia conforme a escala de Dean. Resultados: Dos 18 pacientes que iniciaram tratamento com a crioterapia, cinco deles finalizaram o tratamento com a sua utilização. Três destes pacientes obtiveram um grau de perda I, dois deles um grau de perda IV. Foi verificado também que muitos pacientes desistem da Crioterapia capilar antes de finalizar o tratamento quimioterápico mesmo sem apresentar uma queda capilar acentuada. Apesar de orientados quanto à possibilidade de queda e não na ausência total da mesma, um repilamento capilar mais acelerado pós tratamento, alguns pacientes ficam na expectativa que nenhuma queda ocorra e por isso acabam optando por desistir da terapia quando o processo de queda é iniciado, outro fator que favorece a estas desistências é também devido ao impacto financeiro, devido ao custo da terapia. Uma paciente apresentou uma dermatite relacionada ao frio ao qual ainda não existe relato em literatura de toxicidade desta modalidade referente à Crioterapia capilar. Conclusão: Foi demostrado que, realmente a Crioterapia é efetiva para redução da alopecia induzida pela quimioterapia, porém não na sua totalidade de pacientes e em diferentes graduações de alopecia, proporcionando uma melhor qualidade de vida e tratamento deste paciente oncológico e a importância da assistência de enfermagem neste processo como um fator relevante para o sucesso da terapia. O paciente deve cada vez mais participar ativamente sobre seu tratamento e cuidados, ter poder de escolha sobre o que pode ser melhor para a sua vida e o seu tratamento, e para isso é necessário que o mesmo tenha o esclarecimento, orientação e conhecimento sobre todas as possibilidades. Profissionais parceiros e capacitados necessitam desenvolver essa habilidade para que o tratamento seja menos doloroso possível e essa participação, essa autonomia e poder de decisão sejam cada vez mais oferecidos aos pacientes. |