A inclusão no ensino superior um estudo sobre acessibilidade, possibilidades e desafios no acesso e permanência de estudantes no curso de Medicina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MACEDO, Cleuza Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1441
Resumo: Ao longo dos últimos anos surgiram leis, ações e programas que visam incluir estudantes com deficiência no Ensino Superior. No entanto, a magnitude dos desafios que regem o processo de inclusão exige de toda a comunidade acadêmica o reconhecimento da diversidade e do direito à autonomia desses estudantes para romper a histórica segregação social. Trata-se de uma pesquisa empírica de cunho qualitativo que, a partir da fala dos participantes da pesquisa, analisou-se narrativas por eles vivenciadas, na tentativa de entendermos as microdinâmicas do processo de formação acadêmica, conhecer os caminhos percorridos, apreender os significados autoatribuídos, como também a relação entre os pares, a construção de identidade no processo inclusivo de formação acadêmica; problematizadas a partir da experiência dos estudantes com deficiência matriculados no curso de Medicina da UFTM, em diferentes períodos, entre os anos de 2017 a 2019. Para tanto, efetuou-se um levantamento bibliográfico do tipo “Estado da Arte”, histórias de vida por meio de entrevistas semiestruturadas, e observação em cenário de prática na interface entre resultados obtidos de interpretações sobre o conto “Terceira Margem do Rio” de João Guimarães Rosa. Assim, foi utilizado o software IRAMUTEQ como recurso para análise textual do relato dos participantes por organizar a distribuição do vocabulário de forma facilmente compreensível e visualmente clara por meio de análises com o diagrama de Zipf, da análise de Similitude e da Nuvem de Palavras. Do total de onze estudantes elegíveis, seis participaram das entrevistas e apenas dois autorizaram a observação em cenário de prática. Nas entrevistas, ecoaram fortes narrativas, possibilitando-nos perceber como os laços familiares e afetivos atuam na vida destes estudantes. Ainda em suas narrativas, nota-se a intensa preocupação com reprovações, carga horária extenuantes e as cobranças pessoais com a dinâmica exaustiva do curso. O traço que nos une e separa parte da aposta das inúmeras possibilidades como margem, a fim de marcar a função constitutiva da universidade e dos estudantes com deficiência no curso de Medicina. O traçado precisa deslizar dos padrões de normalidade pelas inúmeras perspectivas de um processo formativo acadêmico, ao mesmo tempo suspendendo, duvidando de verdades postas, hegemônicas, capacitistas, meritocráticas e discriminatórias. As margens como ponto de partida: repensamos e inventamos um rio que, hoje, chamamos de inclusão. Naveguemos.