Feições associadas à biocarstificação em maciço calcário no norte de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1214 |
Resumo: | O Norte de Minas Gerais apresenta diversas paisagens cársticas que são admiradas por suas belezas peculiares marcadas pela dinâmica dissolutiva das rochas carbonáticas. Dentre essas paisagens, ganham destaque os lapiás desenvolvidos em rochas calcárias localizadas no município de Montes Claros, que atraem olhares curiosos pelas suas formas e feições, as quais são colonizadas por cianobactérias do gênero Desmonostoc sp. e por Mocós (Kerodon rupestris). Como várias espécies de organismos podem participar ou influenciar as reações bioquímicas e biomecânicas nos substratos litológicos, o presente estudo teve como objetivo analisar o papel da cianobactéria Desmonostoc sp. e do Mocó (Kerodon rupestris) na transformação superficial do calcário e gênese de feições que contribuem com a evolução do relevo cárstico no Norte de Minas Gerais. O trabalho se justificou pela carência de estudos sobre a influência desses organismos no processo de evolução do relevo cárstico. Os métodos utilizados para investigar a interação das espécies em estudo com a rocha calcária partiu da análise do teor de carbono orgânico total com fracionamento de substâncias húmicas, da acidez potencial e das características micromorfológicas. Os resultados obtidos demonstraram uma pequena recuperação de carbono orgânico total com predomínio da fração humina; a acidez potencial apresentou valores de acidez muito alta para a amostra referente às excreções do Mocó e a micromorfologia revelou algumas feições cársticas como crostas associadas às eflorescências salinas, córtex de alteração, descoloração, halos, fragmentos e preenchimentos. Foi possível concluir que o delgado horizonte orgânico e as crostas de alteração foram as expressões mais notáveis que indicaram processos associados à biocarstificação, e possivelmente a cianobactéria Desmonostoc sp. e o Mocó, respectivamente, estiveram envolvidos oportunizando condições para a formação de biofilmes microbianos e os compostos exopoliméricos produzidos por diversas atividades metabólicas estimularam reações bioquímicas e biomecânicas, favorecendo as transformações na rocha calcária e o desenvolvimento de novas feições que auxiliam a evolução do relevo cárstico no Norte de Minas Gerais. |