Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Darley de Araújo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-07122023-095127/
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Resumo: |
Solos ácidos predominam nas superfícies pré-cambrianas que ocorrem em grandes partes das regiões tropicais no mundo. O baixo pH indisponibiliza nutrientes e eleva o teor de alumínio lábil, fatores limitantes para o crescimento radicular e rendimento das culturas agrícolas. O calcário é utilizado no manejo agrícola para elevar o pH do solo a valores considerados adequados (pH em água entre 6 e 7), mitigando os efeitos adversos da acidez e fornecendo os cátions Ca e Mg para o sistema. Essa prática tem apresentado efeitos limitados em trabalhos referências na literatura devido a sua baixa solubilidade em água. No entanto, percebe-se nesses estudos uma falta de detalhes sobre a estrutura porosa do solo. Nesse sentido, o objetivo da proposta foi avaliar a mobilidade de calcário em função de sua granulometria, e sua relação com a estrutura porosa do solo (distribuição de poros, índice de continuidade de poros e índice de organização da macroporosidade), bem como o consequente condicionamento químico do perfil do solo (pH CaCl2, pH H2O, Ca e Mg nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,15, 0,15-0,20, 0,20-0,25, 0,25- 0,30, 0,30-0,35, 0,35-0,40, 0,40-0,45, 0,45-0,50, 0,50-0,60, 0,60-0,70, 0,70-0,80, 0,80-0,90 e 0,90-1,00 m) em função da dosagem aplicada superficial (0, 3, 6, 12 e 20 ton ha-1) e seus efeitos na produtividade da cultura da soja. O trabalho foi realizado em dois locais, simultâneos na safra de 2021/22: na Fazenda Santo Inácio, num Latossolo Amarelo Distrófico de textura franco-argiloarenosa, em Luís Eduardo Magalhães - BA; e na Fazenda Terra Unida, num Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico de textura argilosa, em Alto Parnaíba - MA. A superfície em ambos os locais apresenta declividade desprezível. Os experimentos 1 e 2 foram montados em DBC, com cinco tratamentos (doses de calcário), quatro e três repetições, totalizando 20 e 15 parcelas experimentais, respectivamente. O calcário utilizado nestes estudos foi escolhido em função de sua granulometria, não considerando qual seria a melhor relação de CaO e MgO, mas sim a sua característica física, tendo 97% de peneira de fundo, 98% de PRNT e concentrações de 52% de CaO e de 1% de MgO. Com o aumento das doses de calcário, houve maiores mudanças das características químicas do perfil do solo franco argilo-arenoso em comparação do de textura argiloso. O índice de organização da macroporosidade para o solo franco argilo-arenoso foi superior nas camadas de 0-0,1, 0,1-0,2 e 0,3-0,4 m (16,5, 82,2 e 35,7%) em relação ao solo argiloso. A mobilidade se relaciona diretamente com a estrutura porosa do solo, o teor de água no solo, a granulometria das partículas do calcário e pode-se afirmar que a mobilidade é maior num solo com uma maior macroporosidade e/ou uma maior conectividade dos poros, principalmente no potencial matricial de -10 kPa, em combinação com um calcário com granulometria mais fina. No solo de textura argilosa não houve alterações de pH em Camada, independente da dose de calcário aplicada. Já no solo de textura franco argiloarenosa, no tratamento 5 (20 ton ha-1 de calcário), o pH foi alterado para valores acima de 6 até a Camada de 0,5 m, enquanto na testemunha o pH ficou acima de 6 apenas até a camada de 0,2 m. |