Arginase-1 e perfil treg parecem modular processo inflamatório em pacientes com gastrite crônica e IL-33 pode ser a citocina de alarme nos pacientes H.pylori positivo
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1345 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria altamente prevalente em nosso meio e está diretamente envolvida em várias doenças do trato digestivo superior como gastrite, úlcera péptica e câncer gástrico. Neste estudo foram pesquisados dados preditivos do ponto de vista clínico, endoscópico, anatomopatológico bem como os mecanismos da resposta imune frente à presença desta bactéria Várias moléculas ativadoras do sistema imune têm sido descritas e estudadas na tentativa de conter a infecção pelo H pylori. OBJETIVOS: Estudar a presença de infecção por H. pylori na mucosa gástrica com a história clínica, antecedentes clínicos, doenças concomitantes, dados no exame de endoscopia digestiva alta (EDA) do exame anatomopatológico (EAP). Na resposta imune, analisar nos fragmentos do corpo gástrico por qPCR, a expressão mRNA das citocinas IFN- , IL-17, IL-10, TGF- , IL-6, IL-22, IL-23, IL-33; dos fatores de transcrição T-bet, ROR t e FOXP3; das enzimas ARG1, ARG2 e NOS2; dos neuropeptídeos VIP e TAC, e seus respectivos receptores VIP-R1 e TAC-R1. Comparar a expressão desses genes com a presença ou ausência da bactéria H. pylori. MATERIAL E MÉTODOS: foram avaliados 126 pacientes que apresentavam sintomas do trato digestivo superior e com indicação clínica de exame de Endoscopia Digestiva Alta (EDA). Antes da realização do exame de endoscopia digestiva alta foi feito um questionário clínico detalhado e durante o exame endoscópico realizaram-se biópsias múltiplas do esôfago, corpo e antro gástrico e teste rápido da urease. Fragmentos da mucosa do corpo e do antro gástrico foram coletados para o exame anatomopatológico e para análise da expressão das enzimas, citocinas e fatores de transcrição por meio de PCR em tempo real, qPCR. RESULTADOS: Não foi encontrado nenhum dado clínico que pudesse estar relacionado à presença da infecção do H. pylori no estômago. Os achados endoscópicos que tiveram relevância com a presença da bactéria foi a gastrite tanto no antro como no corpo gástrico (p<0,05). No exame anatomopatológico (EAP) os pacientes que usaram Inibidores de Bomba de Prótons (IBP) apresentaram uma diminuição da positividade da bactéria no antro e no corpo gástrico (p<0,05). A presença da gastrite no corpo gástrico ou antro gástrico teve significância com a positividade da bactéria (p<0,05). A expressão do gene ARG1 foi significativamente maior no grupo de pacientes com gastrite crônica sem atividade quando comparada ao grupo controle (Kruskal Wallis; p=0.02). A expressão do gene do TGF- e seu fator de transcrição FOXP3 foram significativamente maiores no grupo de pacientes com gastrite crônica sem atividade, quando comparada ao grupo controle. Ao comparar a expressão dos genes IFN- , IL-17, IL-10 e TGF- e os fatores de transcrição T-bet e ROR, com a presença ou ausência do H.pylori, não houve diferença significativa. No entanto, a expressão do FOXP3 foi significativamente menor nos pacientes H. pylori positivo quando comparado com os pacientes H. pylori negativos (Mann-Whitney; p=0.01). CONCLUSÕES: Infecção por H. pylori não mostrou nenhum fator clínico preditivo da sua presença. Na EDA destacou-se a presença da gastrite no antro como dado de provável infecção da bactéria. O uso de IBPs deverá ser suspenso por pelo menos duas semanas antes da EDA para evitarmos falsos negativos da presença do H. pylori no estômago. O EAP mostrou-se necessário para classificar os diferentes tipos gastrites e/ou alterações histopatológicas provocadas pela bactéria. ARG-1 e perfil Treg parecem estar modulando o processo inflamatório, protegendo esses pacientes de lesões teciduais com gastrite crônica sem atividade. Ainda, sugerimos que a IL-33 pode ser um mediador crucial da resposta imune à infecção após dano na mucosa gástrica. |