Comunicação em UTI: proposta de treinamento e avaliação de seus efeitos sobre as habilidades conversacionais de médicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Luciana Francielle e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/811
Resumo: Para oferecer um cuidado de qualidade em contextos de saúde é necessário que os profissionais realizem uma boa comunicação com os familiares, além de atividades assistenciais. No cenário atual, surgem novas perspectivas sobre estratégias para melhorar a comunicação entre profissionais e familiares em UTI. Intervenções que buscam não apenas a aprimorar a transmissão de informações, mas o modo como os familiares compreendem o que lhes é dito. O presente estudo geral pretendeu descrever e compreender as conversas informativas e os possíveis efeitos de um treinamento em comunicação, realizado com médicos em uma UTI. O local escolhido para a realização do estudo é uma UTI adulto de um hospital público no interior de Minas Gerais. Foram convidados seis médicos envolvidos na comunicação de informações sobre o paciente internado para os familiares. Contudo, apenas três aceitaram contribuir com o estudo. Com o objetivo de descrever e compreender as conversas informativas realizou-se um estudo descritivo, qualitativo e de corte transversal, no qual foram observadas 83 conversas antes e após um treinamento em comunicação. Os resultados apontam que os profissionais têm dificuldades para planejar as conversas, selecionar e verificar a compreensão dos familiares sobre as informações dadas e oferecer uma escuta interessada. Posteriormente, eles foram convidados a participar de um treinamento em comunicação. Este estudo buscou descrever e apresentar o treinamento, no qual foram apresentados conteúdos que incluiu habilidades de comunicação, planejamento e mapeamento de informações, uso de estratégias para melhorar a comunicação. A partir das discussões realizadas durante o treinamento foi possível identificar que os profissionais não conseguem descrever aspectos dialógicos presentes nas conversas que possam ter contribuído para que sejam classificadas como boa ou má sucedida. A avaliação é feita a partir das reações dos familiares frente as informações que são dadas e na interação com a equipe. Os participantes avaliaram o treinamento como positivo e importante para repensar práticas ligadas a comunicação e atendimento aos familiares. Os dois estudos apresentam informações que reforçam a necessidade de aprimorar as habilidades conversacionais dos médicos, uma vez que uma comunicação de alta qualidade prediz satisfação dos familiares e serviço de qualidade.