O trabalho em situação limite: o labor e a saúde dos médicos de uma UTI neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rocha, Ana Paula Ferreira da
Orientador(a): Teixeira, Liliane Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24445
Resumo: Esta pesquisa visa conhecer a perspectiva sobre a saúde e o trabalho de médicos de uma unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público do estado do Rio de Janeiro. A investigação teve como objetivo interpretar o significado do trabalho na vida desses profissionais, identificando as dificuldades bem como as satisfações geradas no âmbito laboral. Como fundamentação teórica, a respeito das relações entre trabalho e saúde, lançamos mão dos referenciais do campo da saúde do trabalhador, da concepção vitalista de saúde, da perspectiva ergológica, da ergonomia e da psicodinâmica. A metodologia adotada foi de cunho qualitativo e de caráter exploratório. Realizamos entrevistas individuais e semiestruturadas, com roteiro de perguntas abertas. No que tange a análise dos materiais teve-se como base a Análise do Discurso , partindo-se das falas dos trabalhadores, foram identificados núcleos de interpretação que foram agrupados por eixos de análise, a saber: elementos da atual configuração do trabalho médico; o trabalho na UTI neonatal; a saúde dos médicos e a prática de automedicação e a necessidade de espaços de diálogo; gênero no trabalho médico e na pediatria. Podemos concluir que a falta de condições adequadas do trabalho e equívocos na forma de organização do trabalho colocam em risco o esforço de se manter a atividade laboral com qualidade, ocasionando repercussões na saúde dos trabalhadores, principalmente se as estratégias de defesa utilizadas parecem não estar sendo suficientes. Desta forma, são necessárias mudanças na organização do trabalho médico a partir de políticas e ações adequadas como a proposta de grupos de diálogo, no próprio espaço.