Representações sociais no cenário de uma UTI neonatal: Um estudo sobre as relações entre equipe de saúde e mães
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3858 |
Resumo: | O nascimento e a vivência de internação de um bebê prematuro em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é uma experiência difícil para os pais, especialmente para a mãe, que normalmente assume a função de acompanhar diretamente o recém-nascido. Entendendo a importância dos profissionais de saúde no processo de enfrentamento das mães e considerando que as representações sociais elaboradas nesses diferentes grupos (profissionais e mães) interferem na dinâmica relacional, buscou-se investigar como as representações sociais atuam no relacionamento entre equipe de saúde e mães no contexto da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. No sentido de contemplar tais objetivos, primeiramente pretendeu-se apreender as representações sociais maternas a respeito da equipe de saúde da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Em um segundo estudo, objetivou-se investigar as representações sociais sobre as mães acompanhantes dos recém-nascidos prematuros elaboradas por profissionais de saúde que atuam na assistência neonatal de alto-risco. Participaram dos estudos mães e profissionais, respectivamente. Nos dois estudos, recorreu-se à entrevista semi-estruturada, abordando aspectos relacionados aos objetivos em questão. Para a análise dos dados, utilizou-se o método da análise de conteúdo categorial temática. As representações sociais que as mães de bebês prematuros possuem sobre a equipe de saúde englobam, sobretudo, elementos como negligência, falta de atenção e delicadeza, relacionados às práticas profissionais, bem como amor e atenção constante, elementos mais normativos que atuam como crivo de avaliação das práticas da equipe. A representação social que os profissionais elaboraram sobre as mães acompanhantes, por sua vez, revela visões negativas e preconceituosas e prescrições normativas que definem um ideal de mãe, para que as relações possam se estabelecer de modo adequado. As mães são geralmente percebidas como acompanhantes presentes e responsáveis pela prematuridade de seus filhos. Por serem de baixa renda, possuem poucos conhecimentos acerca da própria saúde gestacional e poucas habilidades para interagir com os profissionais. Alerta-se para a necessidade de ações que permitam a ressignificação dessas representações sociais que dificultam o relacionamento entre equipe de saúde e mães de bebês prematuros. |