Inclusão social e escolar a partir da condicionalidade de educação do Programa Bolsa Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MELO, Estela Caroline Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1477
Resumo: Este estudo foi desenvolvido no âmbito do curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, linha de pesquisa Fundamentos e Práticas Educativas, com o objetivo de analisar a relação entre inclusão social e inclusão escolar decorrente da condicionalidade de educação do Programa Bolsa Família (PBF) de alunos do Ensino Fundamental - Anos Finais em um bairro periférico do município de Uberaba-MG. Assim, ao relacionar a inclusão social e inclusão educacional, esta dissertação busca compreender as desigualdades reproduzidas no ambiente escolar e as possibilidades de inclusão social e/ou redução das desigualdades para esses estudantes. Por meio de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, que conta com revisão bibliográfica e análise de questionários e entrevistas, investiga-se como o acesso à educação decorrente da condicionalidade educacional do PBF auxilia na inclusão das famílias e na quebra do ciclo intergeracional da pobreza. O acesso à educação formal é uma ferramenta que possibilita a inclusão de crianças e adolescentes por desenvolver-se em um dos primeiros espaços de interação social, a escola. A dissertação se fundamenta teoricamente nos estudos do sociólogo Pierre Bourdieu sobre as desigualdades educacionais, explorando o conceito de capital cultural, que são sistemas de valores transferido da família para as crianças e influencia na vivência escolar, taxas de êxito, atitudes frente à escola e expectativas educacionais. Conclui-se que a educação, sozinha, não é capaz de superar todos os limites impostos às diferentes classes sociais do país, mas se configura como estratégia fundamental de transformação social. O PBF impacta positivamente na escolarização formal das classes menos favorecidas, promovendo o acompanhamento escolar dos filhos e a permanência nos estudos, o que pode oportunizar o desempenho acadêmico e o aumento do nível de escolaridade da família. É necessário reconhecer as desigualdades e diferenças iniciais perante a escola para viabilizar a equiparação das oportunidades.