Qualidade de vida de idosos e participação em atividades educativas grupais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Dias, Flávia Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/137
Resumo: As atividades educativas grupais podem contribuir para a qualidade de vida de idosos. Por sua vez, a distribuição espacial da qualidade de vida pode evidenciar clusters, dada a sua relação com fatores ambientais, econômicos, sociais, culturais e de saúde. Este estudo teve como objetivo caracterizar os idosos e sua participação em atividades educativas grupais; verificar os fatores sociodemográficos e de saúde, associados à não participação em atividades educativas grupais; comparar os escores de qualidade de vida entre os idosos participativos e não participativos e identificar clusters de menores escores de qualidade de vida, relacionados à participação ou não em atividades. Trata-se de um estudo tipo inquérito domiciliar transversal, observacional e comparativo, realizado com 2.142 idosos. Os dados foram coletados por meio de instrumento semiestruturado e a qualidade de vida mensurada pelo WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. Para a análise dos dados utilizaram-se os softwares SPSS, MapInfo Professional e Terraview. Foi realizada a análise descritiva, o teste qui-quadrado, o teste t-Student (&#945;=0,10) e regressão logística (&#945;=0,05). Para o terceiro objetivo foram constituídos dois grupos, emparelhados por sexo e faixa etária: idosos participativos e não participativos. Utilizou-se o teste t-Student (&#945;=0,05). O mapeamento dos menores escores de qualidade de vida foi obtido pelo método Kernel. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFTM, protocolo N 897. A maioria dos idosos não participava de atividades educativas grupais (88,3%); para os participativos, a atividade predominante relacionava-se à hipertensão arterial (44,5%). Em ambos os grupos, participativos e não participativos, o maior percentual era do sexo feminino (67,7%, 61,8%, respectivamente); 60&#9500;70 anos (51,4%, 45,7%, respectivamente); casados (53,4%, 48,2%, respectivamente); residiam com filhos (40,2%, 32,4%, respectivamente) e renda mensal de um salário mínimo (55%, 55,1%, respectivamente). Os idosos participativos apresentaram predominantemente 1&#9500;4 anos de estudo (40,6%) e os não participativos, 4&#9500;8 (33,5%). Entre os participativos observou-se predomínio de 7&#9500;10 morbidades (33,9%) e para os não participativos, 4&#9500;7 (33,3%). Em ambos os grupos o maior percentual foi para 1&#9500;3 incapacidades funcionais. A faixa etária de 80 anos e mais esteve associada à maior chance de não participação em atividades educativas grupais (&#946;=1,89). A comparação entre os grupos evidenciou que os idosos participativos apresentaram menores escores de qualidade de vida no domínio relações sociais (p=0,037) e nas facetas: funcionamento dos sentidos (p=0,01), autonomia (p<0,001), atividades passadas, presentes e futuras (p=0,003) e participação social (p=0,007). Os idosos participativos localizaram-se na região nordeste do município e os não participativos, na região sul. Verificaram-se maiores aglomerados de menores escores de qualidade de vida nas regiões periféricas do município, coincidindo com áreas de idosos participativos e não participativos. Estes dados podem subsidiar a implementação de ações em saúde, de acordo com as especificidades regionais. A ampliação das atividades educativas grupais pode favorecer a melhoria da qualidade de vida dos idosos.