Corporeidade e dança: reflexões para o ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: FERREIRA, Roberta Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/339
Resumo: A instrumentalização do corpo, uma das heranças do paradigma cartesiano, mostra-se preocupada com a produção e o rendimento de técnicas limitadas ao desempenho físico pautadas no modelo homem-máquina. Nesse sentido, é comum encontrarmos evidências sobre o ensino da dança nos ambientes não-formais com metodologias que priorizam a perfeição técnica dos movimentos e a excelência da performance coreográfica a partir da reprodução de coreografias, distanciando o que se entende por corporeidade buscada pelo ser humano. O objetivo deste trabalho foi investigar como são as práticas dos professores de dança dos ambientes não-formais de ensino da cidade de Uberaba, a fim de identificar se essas formas de ensinar tratavam o corpo como possibilidade de sensibilização do ser humano imbricados pelo paradigma da corporeidade. O presente estudo caracterizou-se como exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, sendo a coleta dos dados realizada por meio de entrevista estruturada e, para a interpretação dos discursos presentes nesse instrumento, utilizou-se a Técnica de Elaboração e Análise de Unidades de Significado. Os resultados apontaram que os professores consideram importante um ensino da dança pautado em: formação humana; habilidades técnicas; forma de viver; expressão e modalidades. Os significados atribuídos ao corpo na dança representaram: forma de expressão, instrumento de trabalho, corpo e mente, corporeidade e biótipo. As concepções dos professores sobre o ensino da dança e suas interfaces com a corporeidade mostraram que eles estão interessados em alicerçar sua prática em aprendizagens significativas e que seus propósitos estão engajados na experiência de buscar a sensibilidade de se entregar às técnicas de expressão do movimento. Olhar as práticas dos sujeitos pesquisados, de acordo com tais pressupostos, possibilitou então, compreender os aspectos que distanciam ou aproximam de uma formação integral do ser humano e esses valores independem do rigor técnico da modalidade, mas daquilo que o professor acredita como essencial sobre o que ensinar a partir da sua concepção de dança. Por mais rígida que seja uma modalidade, ela pode ser ensinada em consonância aos pressupostos da corporeidade e entendemos que o desprendimento de não ter que trabalhar técnica transparece uma falta de cuidado com os corpos dançantes.