Influência das variáveis sociodemográficas e clínicas no conhecimento de fatores de risco, estilo de vida, adesão farmacológica e qualidade de vida das pessoas com doença arterial coronariana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CASTRO, João Pedro Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/1036
Resumo: A doença arterial coronariana é a principal causa de mortalidade mundial, sendo necessária sua prevenção incluindo educação em saúde. O conhecimento dos fatores de risco auxilia na mudança de estilo de vida e adesão farmacológica. Este estudo objetivou analisar a influência de variáveis sociodemográficas e clínicas sobre o conhecimento geral e específico dos fatores de risco para doença arterial coronariana, mudança no estilo de vida, adesão farmacológica e qualidade de vida. Estudo transversal, metodologia quantitativa. A coleta de dados ocorreu no ambulatório de cardiologia e serviço de hemodinâmica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, incluiu pacientes maiores de 18 anos de idade; diagnosticados com doença arterial coronariana; conscientes e orientados. Foram excluídos os pacientes já entrevistados anteriormente no período de coletas de dados ou que tenham passado por consulta médica cardiológica no dia da abordagem. Utilizou-se três instrumentos: questionário para caracterização sociodemográfica e clínica, questionário de conhecimento dos fatores de risco cardiovascular e World Health Organization Quality of Life Assessment – bref. Para variáveis categóricas foram utilizadas frequência absoluta e relativas, para as variáveis quantitativas média, mediana e desvio padrão. Utilizou-se o teste t de Student para preditores dicotômicos e correlação de Pearson para preditores quantitativos. Usou-se regressão linear múltipla com nível de significância α de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas sob parecer 3.069.738. Do total de 136 participantes, 97 (71,3%) encontravam-se no serviço de hemodinâmica, maioria do sexo masculino 82 (60,3%); cor branca 85 (62,5%) e idosos 92 (67,6%). Possuíam hipertensão arterial sistêmica 115 (84,6%) e 99 (72,8%) hereditariedade como fator de risco não modificável, 98 (72,1%) tiveram Infarto Agudo do Miocárdio e 81 (59,6%) realizaram intervenção coronária percutânea. O conhecimento geral dos fatores de risco obteve média 7,06 (dp=1,62) e mudança no estilo de vida 3,59 (dp=2,25). Quanto à qualidade de vida, o domínio físico obteve média 61,26 (dp=19,67) e domínio social 71,44 (dp=25,24). O teste de correlação de Pearson evidenciou correlação entre escolaridade e conhecimento geral p < 0,001, escolaridade e os domínios social e ambiental, p = 0,043 e p < 0,001, e correlação entre o domínio psicológico e adesão farmacológica, p= 0,034. Os dados demonstram baixo conhecimento para fatores de risco específicos. A análise de regressão linear múltipla evidencia que quanto menor a idade maior é o conhecimento geral e específico para fatores de risco p=0,003 e p=0,001. Conclui-se que, quanto maior a escolaridade maior o conhecimento geral de fatores de risco para doença arterial coronariana, e quanto menor a idade maior o conhecimento geral e específico de fatores de risco. A renda individual melhora os domínios físico, psicológico e ambiental da qualidade de vida. Notou-se também que os homens possuem melhor qualidade de vida nos domínios psicológico e social.