Adaptação transcultural e validação do The BodyRelated Self-Conscious Emotions Fitness Instrument (BSE-FIT): versão para o português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, Virginia Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/473
Resumo: Alcançar a aparência física perfeita por meio do padrão estético de corpo musculoso e bem definido para os homens, assim como a magreza para as mulheres é objetivo da maioria da população. A valorização da imagem corporal e o culto à forma física descrita envolvem emoções autoconscientes relacionadas à vergonha, à culpa e aos orgulhos autêntico e arrogante. Sendo assim, mensurar estas emoções oriundas da preocupação com à forma física torna-se importante. Nesse contexto, a escala The Body-related Self-Conscious Emotions Fitness Instrument (BSE-FIT) composta por 16 itens, distribuídos em quatro domínios (Vergonha, Culpa, Orgulho Autêntico e Orgulho Arrogante) trata-se de uma ferramenta simples e essencial para a análise destes sentimentos. O objetivo do presente estudo foi adaptar transculturalmente o instrumento BSE-FIT e avaliar as propriedades métricas do mesmo para utilização no Brasil entre estudantes universitários. Tratou-se de um estudo metodológico, realizado entre os discentes da Universidade Federal de Viçosa - Campus de Rio Paranaíba. O processo de adaptação transcultural envolveu as seguintes etapas: tradução do BSE-FIT para a língua portuguesa; obtenção do primeiro consenso da versão em português; avaliação pelo Comitê de Juízes; retrotradução; obtenção do consenso das versões em inglês, submissão à autora do instrumento original e comparação com a versão original; análise semântica; e pré- teste. As propriedades métricas foram avaliadas por meio da validade e confiabilidade. Para verificar a validade analisou-se a validade de face e conteúdo, a dimensionalidade da versão adaptada do BSE-FIT e a validade por grupos conhecidos e convergente. A análise de confiabilidade foi efetivada por meio da consistência interna, mediante o Alfa de Cronbach e pelo teste-reteste. Adotou-se o nível de significância de 5%. O processo de adaptação transcultural teve duração de cerca de cinco meses. As principais dificuldades na adaptação relacionaram-se à palavra "fitness". Entretanto, ao final deste percurso, alcançou-se as equivalências semântica, idiomática, conceitual e cultural do instrumento, além da validade de face e conteúdo.8 Para a validação das propriedades métricas da versão adaptada do BSE-FIT, participaram 719 acadêmicos distribuídos entre os dez cursos de graduação da universidade onde foi realizado o estudo. Dentre os participantes 50,6% (n=36) era do sexo masculino, a maioria possuía entre 20 a 24 anos (53,8%; n=387), eram solteiros (95,3%; n=685) e naturais de Minas Gerais (79,5%, n=572). Quanto à dimensionalidade, o modelo se apresenta adequadamente ajustado à estrutura dimensional tetrafatorial proposta pelos autores da escala. A validade por grupos conhecidos foi confirmada pela comparação das médias por meio do teste t para amostras independentes para as variáveis sexo, prática de atividades físicas e curso de graduação. A validade de construto convergente foi evidenciada pela análise dos coeficientes de correlação de Pearson que demonstraram correlações significativas entre a autoestima, a preocupação com a imagem corporal, o Índice de Massa Corporal e todas as dimensões do BSE-FIT. Na confiabilidade teste-reteste, a maioria dos valores do coeficiente de correlação de Spearman dos itens foi forte, o que indica concordância entre os itens e a estabilidade temporal do instrumento. Na análise da consistência interna do instrumento, observou-se um Alfa de Cronbach maior que 0,7 em todos os domínios e, portanto, uma boa consistência interna. Concluiu-se que o BSE-FIT, versão para o português brasileiro, é válido e confiável para estudantes universitários brasileiros.