Filosofia e fazer filosófico no ensino médio: ressonâncias e deslocamentos em Deleuze e Guatarri

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ALMEIDA, Francis Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/454
Resumo: Este trabalho é contextualizado pelo âmbito da linha de pesquisa Fundamentos e Práticas Educacionais do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM e tem como objeto de investigação o ensino da filosofia e o fazer filosófico no ensino médio. Situamos o nosso objeto nos entremeios da problemática filosófica e da questão educacional, ou para falarmos com Deleuze e Guattari (1995), num intermezzo que o revela como acontecimento que faz uso de ambos os saberes para se produzir. O objetivo geral desta pesquisa é examinar em que medida os sentidos atribuídos pelos professores de filosofia do ensino médio ao fazer filosófico têm provocado a possibilidade de uma pedagogia do conceito. Para tanto, apoiamos a articulação teórica desta pesquisa nas obras de Deleuze (1992, 2000, 2006, 2010) e Deleuze e Guattari (1995, 1997a, 1997b, 2005), procurando, no entretecimento do projeto filosófico deleuzo-guattariniano às ideias de Bianco (2002, 2005), Gallo (1996, 2003, 2007, 2010), Gallo e Kohan (2000), Gelamo (2009), Machado (1990, 2009) e Rezende (1990), conceber e afirmar a filosofia e o seu campo de ensino no nível médio como experiência de pensamento e atividade de criação de conceitos. Trata-se de uma pesquisa de natureza básica e do tipo qualitativa, cuja opção pela incorporação de diferentes níveis de pesquisa e procedimentos técnicos assegurou-nos o alcance do grau de clareza e da compreensão esperados. Nosso ponto de partida consistiu no mapeamento das tendências da pesquisa acadêmica sobre o ensino da filosofia e o fazer filosófico no ensino médio e, em seguida, na leitura exploratória dos textos indicados nas referências. Posteriormente, foi realizada a proposição de questionário escrito para sete professores graduados em filosofia e atuantes nas escolas de ensino médio da rede pública em Uberaba-MG. Como instrumento, lançamos mão do uso de roteiro misto (GIL, 2010). Por seu lado, a leitura dos questionários e o exercício descritivo, de interpretação e inferência ocorreu em face dos pressupostos da análise de conteúdo (BARDIN, 2010). Para tanto, fizemos a opção pela técnica da análise temática, tendo em conta a articulação dos resultados produzidos com os referenciais teóricos. Cumpre destacar que a análise e a interpretação dos sentidos atribuídos pelos professores de filosofia do ensino médio ao fazer filosófico evidenciaram um cenário de complexidade: se de um lado os limites impostos pelos diferentes aspectos burocráticos do sistema de ensino e a desvalorização da filosofia como disciplina do pensamento expõem a fragilidade do fazer filosófico no ensino médio; por outro lado, os aspectos multireferenciais que se circunstanciam entre a filosofia e o seu ensino exprimem a força vital para a criação de espaços diferenciais que enunciem a natureza afetivo-expressiva do fazer filosófico e revelem o caráter criativo da filosofia como exercício do novo que se produz no pensamento.