Análise fenotípica de linfócitos T do sangue periférico na leishmaniose visceral humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MATTOS JUNIOR, Marden Estevão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1853
Resumo: A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica de caráter crônico que atinge órgãos do sistema mononuclear fagocitário, causada por um tripanossomatídeo do gênero Leishmania. Nos últimos anos vem se tornando um grave problema de saúde pública e quando não tratada, pode ser fatal. A doença é caracterizada por uma ampla variedade de manifestações clínicas que varia de quadro assintomático ou subclínico a leishmaniose visceral grave. Para conter a progressão da doença causada pelo parasito intracelular é necessária uma resposta imune com perfil predominantemente Th1. No entanto, outros perfis de resposta (Th2, Treg e Th17) podem estabelecer um ambiente regulatório interferindo no prognóstico. O trabalho avaliou o comportamento imunológico de pacientes tratados e indivíduos controles de área endêmica através de análise fenotípica e funcional do repertório de linfócitos T. Os resultados demonstraram forte correlação positiva entre populações de linfócitos T que expressavam moléculas (CD27 e CD28) nos dois grupos analisados, observada também em populações de células T que expressavam molécula PD-1. Entre populações de linfócitos TCD8+ de memória (CD8+ CD127high CXCR-3+) e populações de linfócitos TCD8+ em exaustão (CD8+ CD127low TIM-3+) também foi evidenciada forte correlação positiva nos dois grupos analisados. A correlação entre células T regulatórias (Treg) e populações de linfócitos TCD4+ (CD27+ e CD28+) e TCD8+ (CD27+ e CD28+) demonstrou correlação positiva apenas no grupo de pacientes tratados. Conclui-se que possivelmente exista um ambiente equilibrado, constituído por diferentes populações de células T, tanto pela expressão de moléculas co-estimulatórias em populações de memória, quanto pela expressão de moléculas de exaustão e presença de populações de linfócitos Treg, principalmente no grupo de pacientes tratados, capacitando o indivíduo a controlar a progressão da doença ou se curar clinicamente após o tratamento.