Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Jorge Clarêncio Souza |
Orientador(a): |
Barral Netto, Manoel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35476
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Resumo: |
Na LCL existe urna elevada resposta imune celular, e isto pode estar associado à presença de clones bastante reativos, sendo sua identificação muito relevante. Uma das abordagens para avaliar o papel de agentes infecciosos sobre o sistema imune é a análise do padrão dos receptores antigénicos expressos pelos linfócitos que participam ativamente das respostas específicas contra estes agentes. Técnicas imunológicas como a citometria de fluxo, tomam exeqüível examinar a expressão de genes variáveis a e p dos receptores antigénicos de células T. Na LV existe urna ausência de resposta imune celular que pode ser atribuida a deleção de determinados clones de células T, como pela diminuição na expressão de ligantes e moléculas de adesão ou apoptose ñas células responsivas. Neste trabalho tivemos como objetivo avaliar os mecanismos imunológicos relacionados a hiperativação celular que é observada na leishmaniose cutânea localizada e a anergia que é observada na leishmaniose visceral. Nossos dados indicaram que em LCL: i) existe expressão diferencial no repertorio T VP porém não apresentou nenhuma deleção nem hiper reatividade clonal frente a L. amazonensis, ex vivo e in vitro; ii) apresentou resposta compartimentalizada no linfonodo drenante somente em células T CDS"^; iii) uma ativação oligoclonal das células T após 60 dias de imunização com vacina anti-leishmaniose nas células T CD4^ e CD8^; iv) uma expressão diferencial do TCR Vpi2 como sendo o clone mais relacionado à infecção causada pela Leishmania amazonensis e v) correlação positiva entre a expansão de células T CD4'^ e CD8^ TCR Vpi2 e a produção rápida de IFN-y na resposta imune in vivo em indivíduos vacinados e in vitro em indivíduos sadios. Na LV os dados indicaram; i) em pacientes antes do tratamento imia diminuição da expressão de a IL-2R em células T CD4^ e CDS"^ não estimulados e não proliferação in vitro pelo ensaio da blastogênese; ii) houve imi aumento da expressão de a IL-2R em células T CD4^ e CDS"^ de pacientes pré-tratamento em células estimuladas com antígeno; iii) a expressão de repertório T Vp em células 004"^ e CDS"^ e expressão de CD28 e CTLA-4 não sofi-eram alteração quando comprados pré e pós-tratamento; iv) houve uma diminuição na expressão de CD 18 em células T CD8"^ e uma diminuição na expressão de CD45Ro tanto em células T CD4'^ quanto em células T CDS"^, ex vivo, nos pacientes pré-tratamento; v) houve aumento na incorporação de anexina V ex vivo e diminuição in vitro em células T CD4"*^ e CD8'^ como também aumento ex vivo na expressão de Fas (CD95) em células T CD4’*’ e CD8"^. Podemos concluir que infecção por L. amazonensis no hospedeiro humano induz modulação na expressão de genes codificadores para a cadeia Vp do TCR das células T CD4^ e CD8"^, com expansão marcante de células do tipo Vpi2 e que a anergia observada na LV humana parece estar relacionada ao desenvolvimento de múltiplos fatores, como modulação negativa em moléculas de ativação, moléculas de adesão e indução de apoptose em células T responsivas. Estes fatores podem estar levando a uma ineficiência nas atividades protetoras desenvolvidas pelas células T, facilitando assim a produção dos mecanismos de sobrevivência do parasito dentro dos macrófagos de indivíduos com leishmaniose visceral. |