Vivências em nutrição enteral exclusiva: percepções de pacientes e familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ASSUMPÇÃO, Marina Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1578
Resumo: Em um cenário onde a ingestão alimentar via oral é ausente, como na Nutrição Enteral Exclusiva (NEE), os pacientes e seus familiares, que acompanham o período de hospitalização, experienciam as repercussões desses eventos, as quais os obrigam a realizarem movimentos importantes para conviverem com esta nova condição. A presente dissertação é composta por dois estudos empíricos, qualitativos e de corte transversal. O estudo 1 teve como objetivo compreender as percepções de pacientes sobre a vivência em NEE. O Estudo 2 teve como objetivo conhecer as percepções de familiares acompanhantes acerca da vivência em NEE. O tamanho amostral foi definido pelo critério de saturação, resultando em nove participantes em cada estudo. Os instrumentos utilizados foram o roteiro de entrevista semiestruturada e o diário de campo do pesquisador. A análise e organização dos dados foi realizada por meio da Análise Temática de Braun e Clarke e do referencial teórico da Teoria das Representações Sociais, juntamente à literatura científica sobre o tema. Para os pacientes, os resultados evidenciam relatos de prejuízos físicos com o uso da sonda nasoenteral. A presença da sensação de fome física não foi mencionada pelos pacientes; todavia há o desejo pela comida, o que se equipara à experiência da fome. As principais dificuldades vivenciadas pelos pacientes envolvem e a comunicação deficitária por parte da equipe de saúde e a redução da autonomia. Para os familiares, identificou-se repercussões como: afastamento social, suspensão das próprias prioridades e restrições alimentares em conjunto com o paciente. Como expectativas para as condições dos pacientes, o tempo cumprindo o papel de cuidador e o medo da morte do paciente foram evidentes. Ambos os estudos contribuem para a compreensão da vivência e relação da dupla paciente-familiar, além dos cuidados em saúde oferecidos aos sujeitos.