Narrativas e representações de professores de inglês da rede pública municipal de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Dantas Cristino da [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71256
Resumo: O objetivo geral desta pesquisa foi investigar como aspectos particulares das identidades profissionais de seis docentes de língua inglesa, atuantes nos anos iniciais da rede pública da cidade de São Paulo, são construídos e configurados. Para tanto, analisamos como os participantes da pesquisa articulam narrativas sobre si mesmos e representam: (i) seu repertório linguístico; (ii) seu percurso formativo; e (iii) sua prática docente. A presente investigação foi executada de acordo com as orientações da pesquisa qualitativa, explicativa, por meio da análise de narrativas geradas por entrevistas semiestruturadas e pelo relato do retrato linguístico, gravados, de forma presencial com as participantes da pesquisa. A base teórico-metodológica desta pesquisa foi o conceito de narrativas multimodais (Busch, 2006, 2010), na qual a narrativa autobiográfica do participante está intrinsecamente ligada ao seu retrato linguístico. A fundamentação teórica baseou-se em autores como Abreu (2009), Barcelos (2006) e Marzari; Gehres (2015), na discussão sobre o ensino de língua inglesa na rede pública municipal de São Paulo; Busch (2006, 2010, 2012, 2015), Blommaert e Backus (2011, 2013), Megale (2012, 2017, 2018, 2021), Rocha e Megale (2021), que discorrem sobre repertório linguístico; Megale (2017), Moita Lopes (2001), El Kadri (2010) e Figueiredo e Noronha (2010), Hall (2005), que refletem a respeito da construção das identidades; e, ainda, Hall (2016) e seus estudos sobre representações. As etapas para geração de dados foram, inicialmente, a produção das narrativas dos professores com base em perguntas disparadoras quanto à sua trajetória acadêmica e profissional. Em seguida, os professores participantes da pesquisa foram convidados a desenhar seus retratos linguísticos, conforme preconiza Busch (2006, 2010), e, por fim, produziram uma narrativa oral a partir dessa produção. Para a análise das narrativas, buscamos as representações construídas e reveladas em seus relatos a partir de Hall (2016), Nascimento (2020), El Kadri (2014), S. Silva (2011), Woodward (2011), H. Santi e V. Santi (2008), Pimenta (1998), P. Silva (2013), Cunha (2014), Baladeli (2015) e Cunha (2012). Com a conclusão da fase analítica, os resultados destacam como um processo de inserção do professor de língua inglesa precisa ser mais claro no que se refere aos editais para concursos públicos para o cargo de professor de língua estrangeira, assim como a oferta de cursos de formação para os egressos da rede. Além disso, os cursos de licenciatura, em especial, o curso de Letras não atinge as expectativas das professoras no que diz respeito a formação linguística necessária para atuação como docente de língua inglesa, assim como não abrange o ensino de metodologias de ensino adequadas para lecionar inglês para estudantes dos anos iniciais. Dessa forma, este estudo visou apresentar contribuições à educação linguística brasileira ao mapear a identidade profissional de um grupo das professoras de inglês da rede pública municipal de São Paulo e identificar possíveis temas para estruturação de cursos de formação partindo do contexto dos docentes.