Efeitos do crack na glândula salivar submandibular de ratos wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Avanci, Lorrany da Silva [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71564
Resumo: O crack integra a categoria de drogas ilícitas mais consumidas mundialmente, devido ao seu baixo custo, rápida ação e alto poder de dependência. O consumo abusivo acarreta uma série de problemas para a saúde pública, no entanto, ainda há poucos estudos sobre os efeitos do crack nas glândulas salivares. Este estudo investigou os impactos do crack na glândula salivar submandibular em ratos Wistar. Para isso, os animais foram distribuídos em 4 grupos: CTRL, CK25, CK50 e CK100. Os animais foram expostos ao crack por via inalatória durante 5 dias consecutivos (exceto o grupo CTRL), uma vez por dia, em doses de 25mg, 50mg e 100mg. Os resultados demonstraram que o crack induziu alterações histopatológicas nas glândulas salivares submandibulares, como vacuolização celular, acúmulo de secreção no espaço intersticial, hemorragia, alteração nas células cuboides e necrose, no parênquima glandular em todos os grupos de exposição independente da dosagem. Na análise imunohistoquímica, observou-se aumento da expressão de BCL-2, em todos os grupos de ratos expostos ao crack, sendo o grupo exposto à dose de 100mg o que apresentou maior expressão (p<0.05). O grupo de exposição à dose de 100mg apresentou maior quantidade de células P16 positivas (p<0,05) em comparação aos demais grupos. A análise da expressão de Ki-67, revelou um aumento de células imunorreativas em todos os grupos de exposição (p<0.05). Na avaliação do potencial inflamatório, a expressão de TRAF6, Claudin2 e P65 não apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos de exposição e o grupo controle (p>0.05). Porém, foi observada expressão aumentada de MYD88 apenas no grupo exposto à dose de 100mg de crack (p<0.05), em comparação ao grupo controle. Em suma, este estudo demonstra que o crack é capaz de induzir alterações teciduais nas glândulas salivares submandibulares, por meio da desregulação do ciclo celular, resultando na desregulação de morte e proliferação celulares. Estes resultados fornecem novas informações sobre os efeitos nocivos do crack na saúde e podem contribuir para o desenvolvimento de novos estudos que busquem estratégias de tratamento para dependentes da droga.