O “Teatro Mágico” das residências em saúde no Brasil: caminhos de uma política pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Torres, Odete Messa [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3144427
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47708
Resumo: O Teatro Mágico das Residências em Saúde no Brasil: caminhos de uma política pública analisa a constituição do que defendo ser uma Política de Residências em Saúde no Brasil. Faz analogia ao grupo musical do qual arremeda o nome para falar da atuação de muito atores. Utiliza a poesia para dar sentido ao texto. Por que é que não se junta tudo numa coisa só? Porque não temos uma Comissão Nacional de Residências em Saúde? Ao passo temos uma histórica Comissão Nacional de Residência Médica e uma recente, com menos de uma década, Comissão Nacional de Residência - Multiprofissional - em Saúde. Através de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva objetiva analisar a constituição das Residências em Área Profissional da Saúde no Brasil, mapeando os movimentos que regulamentam a formação modalidade Residência em Área Profissional da Saúde no Brasil, multiprofissional e uniprofissional, traçando a trajetória de constituição de uma Política de Residência em Saúde no Brasil. Orienta-se pela Abordagem do Ciclo de Políticas de Stephen J. Ball utilizado como referencial teórico-metodológico. Produz os dados de pesquisa analisando as mensagens do Grupo de Discussão RIS Brasil e realizando entrevistas. O processo aqui delimitado é inovador e dinâmico, parte de um movimento novo no SUS, o da defesa da formação multiprofissional, voltada para a realidade da população e realizada junto aos serviços de saúde. Evidenciam-se nos resultados os contextos de influência, de produção de textos e de prática propostos por Ball. Critica-se um processo de regulamentação que abandona o diálogo com os movimentos sociais e se institucionaliza. A incorporação das mudanças nos programas é percebida pelo contexto de prática. Estas vozes afetam o contexto de influência, ao produzirem discursos com novos significados. Da mesma forma, produzem mudanças no contexto de produção de textos, por regularem estes discursos. São vozes poderosas que reconduzem os rumos da Política. Na variância dos termos - Residência Médica, Residência Integrada em Saúde, Residência Multiprofissional em Saúde e Residência em Área Profissional da Saúde - percebe-se o esforço de não afirmar as Residências em Saúde, para não incluir os médicos, excetuados politicamente na Lei 11.129/2005, sem que conceitualmente possam desta se excluir. Advogo, para a definição de uma política pública, pelo uso do termo Residências em Saúde por entender que este compreende a totalidade das iniciativas desta modalidade de formação.