Hábitos e habitações: ocupação popular e construção do território na Várzea do Carmo na virada do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ressurreição, Carolina Oliveira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69561
Resumo: Em meados do século XIX a cidade de São Paulo começaria um processo ininterrupto de expansão e transformação urbana. Nesse momento, o rio Tamanduateí e sua várzea, fundamentais para o estabelecimento da cidade e até então barreira natural para a expansão a leste do território, passam a sofrer seguidas intervenções do poder público e particulares interessados em modificar terrenos, transpor suas águas e dar fim a problemas de higiene e ocupação, promovendo melhoramentos e embelezamentos especialmente na região próxima à colina central. Ao mesmo tempo em que o discurso técnico de engenheiros urbanistas e médicos sanitaristas era mobilizado para alterar a paisagem da Várzea do Carmo, os jornais, representando e influenciando parte da opinião pública, registravam diversas ocorrências e incidentes na região - arrabaldes da cidade na época - que hoje nos ajudam a identificar quem eram as pessoas e as práticas que ocupavam o território e participavam de sua transformação. Através da diversidade de registros na imprensa, esta dissertação espacializa no território da região da Várzea do Carmo diversos sujeitos, práticas, hábitos e habitações que participaram da (re)construção cotidiana desse território e da cidade em um período de cinquenta anos (1870-1920). Assim, identifica e representa as relações de poder que se travaram na região nesse intervalo, discutindo a forma como a imprensa – e os poderes constituídos – interpretaram a lidaram com formas de vida dissidentes do que se pretendia como vida citadina hegemônica.