Educação permanente em uma unidade de saúde paulistana: a voz dos trabalhadores como fundamento para uma proposta de relatório técnico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Malicheski, Rodolfo Wagner Leão [UNIFES]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71463
Resumo: Objetivo: A partir das vozes dos trabalhadores e trabalhadoras de uma unidade básica de saúde localizada na região central do município de São Paulo, buscar compreender como as práticas educativas alinhadas com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) são realizadas em uma unidade de atenção primária à saúde, com o intuito de identificar suas potencialidades e limitações. Propor a elaboração de um relatório técnico com o objetivo de auxiliar na implementação de práticas de educação permanente em saúde na unidade. Métodos: Pesquisa de abordagem qualitativa realizada em duas etapas distintas, na primeira etapa foi realizada a revisão da literatura referente a política de educação permanente em saúde, na segunda etapa foi realizada uma pesquisa de campo utilizando a técnica de entrevistas semiestruturadas como instrumento de coleta de dados com profissionais de nível superior e técnico (n=9) de distintas categorias como objetivo compor uma amostra que possibilite olhar amplo sobre as práticas educação permanente em saúde na concepção desses profissionais, que apesar de categorias distintas, ocupam o mesmo espaço coletivo, a unidade de saúde. Resultados: Após a coleta de dados podemos compreender que as práticas educativas na unidade de saúde cenário da pesquisa são em sua maioria pautadas nos conceitos de educação continuada, onde os trabalhadores e trabalhadoras não participam da elaboração dos temas dos cursos e atividades educativas que são ofertados na unidade de saúde, e tão pouco observamos espaços destinados para que se tenha encontros para discussões reflexivas sobre os processos de trabalho da unidade. Compreendemos que a falta de incentivo da gestão é um dos fatores limitantes para o não cumprimento da PNEPS. Conclusões: Apesar dos 20 anos de existência da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde-PNEPS, ainda assim, ela não é de conhecimento amplo entre os profissionais da área da saúde independentemente do nível de formação (técnico ou superior). É preciso que tenhamos mais investimentos, incentivos das gestões (Direta e Organizações Sociais de Saúde) neste sentido e que faça parte dos projetos acadêmicos dos cursos da área da saúde, tendo em vista que quando cumprida em sua essência, ou seja, objetivando as transformações do ambiente de trabalho através das práticas educativas que estimule discussões críticas e reflexivas sobre a realidade do cotidiano da unidade de saúde, pode contibuir para uma melhoria nos serviços prestados à população.