Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Hackbart, Barbara Amorim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68687
|
Resumo: |
Objetivos: Em pacientes com Epilepsia Generalizada Genética (EGG) que faziam uso regular de valpoato de sódio (VPA) e que tiveram que substituí-lo por outros fármacos anticrises (FACs), avaliar os dados clínicos e demográficos, identificar os motivos da mudança e a eficácia da novo esquema terapêutico. Além disso, comparar estes pacientes com aqueles que mantiveram o uso do VPA. Métodos: Estudo de coorte, retrospectivo e observacional por análise de prontuários de pacientes com diagnóstico de EGG segundo critérios estabelecidos pela ILAE, em seguimento no ambulatório de epilepsia da Universidade Federal de São Paulo por pelo menos um ano. Os pacientes foram separados em dois grupos: grupo Padrão (n=255), casos em uso contínuo de VPA; e grupo Troca (n=40), pacientes que usaram VPA por pelo menos seis meses e que depois o substituiram. O controle das crises foi definido conforme classificação de PRASAD ET AL., 2003. O nível de significância estatística foi estabelecido como p<0,05. Resultados: Houve maior porcentagem de pacientes do sexo feminino no grupo Troca (p=0,02). Os principais motivos para a troca foram ineficácia (45,0%), presença de efeitos adversos (37,7%) e gestação ou desejo de engravidar (17,5%). Em relação à ineficácia, houve maior proporção de mau controle de crises mioclônicas (CM) (p<0,001) e de ausências (CA) (p=0,033) no grupo Troca. Após a troca, tanto as CM como CA mantiveram um pior controle do que no grupo Padrão (p≤0,043) e foi acrescido um menor controle das crises tônico-clônicas generalizadas (CTCGs) (p<0,001). Nenhum dos pacientes do grupo Padrão referiu ineficácia, mesmo sem ter controle satisfatório das crises (p<0,001). Os efeitos adversos mais frequentes determinantes para a troca do VPA foram: ganho de peso, queda de cabelos e intolerabilidade gastrointestinal. A presença de efeitos adversos foi semelhante nos dois grupos (p=0,07). Quanto à dose de VPA utilizada (considerando-se no grupo Troca, a dose empregada antes da substituição do VPA), foi observada diferença entre os dois grupos (Troca: 1244±405 mg/dia; Padrão: 992±505 mg/dia, p<0,001). Analisando apenas o grupo Troca, não houve diferença (p=0,236) quanto à dose de VPA nos casos que evoluíram com bom controle em monoterapia, bom controle em xvi politerapia, mau controle em monoterapia e mau controle em politerapia. Em relação ao regime terapêutico, o grupo Troca tinha maior número de indivíduos em monoterapia e isto se inverteu após a substituição do VPA, uma vez que o número de FACs aumentou após a substituição do VPA no grupo Troca (p<0,001). No regime politerápico, o clobazam foi o único fármaco utilizado em frequência maior no grupo Troca (p<0,001) e também o único fármaco usado igualmente antes e após a troca no grupo Troca (p=0,302). As principais alterações após a troca do VPA foram o aumento significativo do uso de lamotrigina (p<0,001) e de levetiracetam (p=0,006). Conclusões: Os pacientes que substituíram o VPA por outros FACs apresentavam pior controle de CM e de CA, o qual se manteve após a troca, sendo acrescido de pior controle de CTCGs. Outra observação no grupo Troca foi o aumento do emprego de politerapia |