Avaliação dos efeitos das medicações anticrises na conectividade funcional cerebral de pacientes com epilepsia generalizada idiopática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Alves, Karen Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234679
Resumo: Nas epilepsias generalizadas idiopáticas (EGI) o controle das crises é conseguido com fármacos anticrise (FACs). Os efeitos das medicações na conectividade cerebral de pacientes com EGI ainda estão sob investigação. Nossa hipótese é de que a concentração sérica dos FACs pode influenciar na conectividade cerebral. 25 pacientes com EGI e 25 controles foram selecionados. Todos os sujeitos foram submetidos à RM de 3T. Sequências volumétricas em T1 foram usadas para análise anatômica, e sequências BOLD foram adquiridas para a análise da conectividade funcional. A taxa de FAC foi calculada baseada no número de medicações e nos níveis séricos. O processamento das imagens foi feito por meio da ferramenta Conn e mapas de correlação foram calculados. Análise estatística da conectividade baseada em sementes de toda a substância cinzenta e do tálamo foram realizadas usando modelo linear geral (GLM). Uma análise complementar foi conduzida explorando as correlações entre os mapas funcionais e as taxas de FACs. A análise de correlação entre a taxa de FACs e a conectividade dos pacientes mostrou para a análise da substância cinzenta apenas correlação positiva com a conectividade envolvendo o giro frontal superior porção medial. Para o tálamo direito foram observadas áreas de correlação positiva na região parietal esquerda e giro temporal médio esquerdo. A análise do tálamo esquerdo mostrou áreas de correlação positiva no giro angular esquerdo e no polo temporal esquerdo. 55 conexões entre 11 ROIs foram avaliadas sendo 4 da rede de modo padrão e 7 da rede saliência. A análise de correlação mostrou 2 agrupamentos principais intra-rede de correlações positivas entre a conectividade funcional e a taxa dos FACs relacionados a rede de modo padrão (F=66,4 e p < 0,001) e a rede saliência (F = 88,9 e p < 0,001). Um agrupamento de anticorrelação foi observado conectando estas duas redes (F = 18,6 e p < 0,001). Esses achados podem indicar um padrão de resposta às medicações. No futuro, esse padrão pode ser usado para auxiliar a titulação das FACs, e o alcance da dose ótima.