Efeitos do kefir sobre a produção de citocinas e óxido nítrico a partir de macrófagos peritoneais de ratos com diabetes mellitus induzido por estreptozotocina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Maciel, Fabiane Romano [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1811695
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48337
Resumo: Diabetes mellitus é um grave problema de saúde global. Estão previstos entre 366 e 439 milhões de casos em 2030, em todo o mundo. A produção excessiva de espécies reativas de oxigênio no diabetes, decorrente da hiperglicemia e do estresse oxidativo induz a peroxidação lipídica e prejudica a resposta imune. O Kefir (K) é um produto lácteo fermentado, considerado um probiótico, que apresenta propriedades imunomoduladoras. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito da ingestão de K sobre a produção de citocinas e de óxido nítrico em sobrenadante de cultura de macrófagos peritoneais extraídos de ratos com diabetes mellitus induzido por estreptozotocina (STZ). Para isso, ratos Wistar, machos, adultos receberam única injeção de STZ (45 mg/kg, por via intravenosa). Após 72 horas, a concentração de glicose foi medida no sangue da veia caudal por um glicosímetro, sendo considerados diabéticos os animais com glicemia ≥ 200 mg/dL. Os animais foram distribuídos em 4 grupos (n= 5-8 cada): controle (CTL), CTLK, diabético (DM) e DMK, recebendo 1,8mL de K (1010 unidades formadoras de colônias - UFC/g de bactérias lácticas e 104 a 107 UFC/g de levedura) ou o seu veículo por dia, via gavagem, preparado de acordo com as instruções do fabricante; começando no 5º dia de diabetes, durante 8 semanas. Pré e pós-tratamento, os animais foram colocados em gaiolas metabólicas para quantificação dos dados metabólicos (ingestão de água, consumo de ração, diurese, glicemia e massa corporal). Após o tratamento, os animais foram sacrificados em câmara de CO2 e exsanguinados; logo em seguida, a cavidade peritoneal foi preparada e os macrófagos residentes foram coletados e cultivados para análise da capacidade fagocítica, citocinas (IL-10, TNFα, IL-17 e IL-1β) e óxido nítrico (NO). Os resultados são apresentados como média ±EP, analisados por one way ANOVA. O grupo DM, quando comparado ao CTL, apresentou aumento na ingestão hídrica, consumo de ração, diurese e glicemia, demonstrando redução no peso. Após tratamento com K, observamos que essa diferença se manteve entre os grupos DM e CTL, contudo, o grupo DMK apresentou níveis inferiores nos parâmetros metabólicos estudados, exceto para massa corporal, a qual estava aumentada, quando comparado ao DM. Em relação à função dos macrófagos peritoneais, o grupo DMK apresentou melhora na capacidade fagocítica, aumento na concentração de citocinas e de NO em sobrenadante de cultura celular, comparado ao DM. Estes resultados sugerem que o K tem potencial de modular a resposta imune e ativar a resposta de macrófagos peritoneais em animais diabéticos, o que poderia melhorar a imunocompetência de pacientes acometidos pelo diabetes. O efeito hipoglicemiante deste probiótico poderia ser usado como ferramenta no controle da glicemia, podendo reduzir ou retardar o aparecimento das complicações associadas a esta doença.