Avaliação dos metabólitos do óxido nítrico, inibidores endógenos do óxido nítrico sintase e homocisteína na intolerância à glicose e no diabetes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pereira, Edimar Cristiano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-02082017-160501/
Resumo: A redução da biodisponibilidade óxido nítrico (&#8226;NO) tem sido responsável por complicações vasculares em algumas doenças, incluindo Diabetes Mellitus tipo 2 (DMII). A disfunção endotelial (DE) pode ser ocasionada pela baixa biodisponibilidade do &#8226;NO e estudos indicam que a hiperglicemia pode estar contribuindo para esse evento. Outro fato importante é que grande parte dos indivíduos que apresentam Intolerância à Glicose (IG) evolui para DMII. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar de que forma o estado hiperglicêmico poderia interferir sobre os metabólitos do &#8226;NO (S-nitrosotióis, nitrato + nitrito e nitrotirosina), inibidores endógenos da &#8226;NO sintase (ADMA e SDMA), homocisteína e a DE através da medida da atividade da n-acetil-&#946;-glicosaminidase (NAG). Neste estudo participaram 140 voluntários: 12 controles (C), 32 IG e 96 DMII. A concentração de glicose foi superior nos grupos IG (109&#177;10mg/dL) e DMII (165&#177;66mg/dL) em relação ao grupo C (88&#177;11mg/dL) (p<0.05). Somente o grupo DMII (8,5&#177;1,9%; 4,57&#177;2,78mg/dL) apresentou níveis elevados de hemoglobina glicada e frutosamina em relação ao grupo C (6,0&#177;0,9%; 2,31&#177;0,27mg/dL). Entretanto, os metabólitos do &#8226;NO (nitrato+nitrito, S-nitrosotióis e nitrotirosina) apresentaram concentrações elevadas nos grupos IG (35,1&#177;12,9&#181;M; 137&#177;45nM; 352&#177;104nM) e DMII (39,2&#177;18,0&#181;M; 143&#177;73nM 472&#177;231nM) em relação ao grupo C (26,6&#177;6,2&#181;M; 78&#177;46nM; 260&#177;74nM). A função endotelial também esteve alterada nos grupos IG (28,0&#177;7,3U/L) e DMII (29,4&#177;8,7U/L) em relação ao grupo C (21,7&#177;3,9U/L), como indicado pela atividade da NAG. O mesmo comportamento foi observado com os inibidores endógenos de &#8226;NO (ADMA e SDMA). A concentração de homocisteína plasmática não apresentou diferença significativa entre os grupos. Os dados demonstraram que os indivíduos IG apresentaram alterações bioquímicas, relacionadas ao estresse oxidativo e à disfunção endotelial, semelhantes aos pacientes com DMII, as quais poderiam contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.