Intervenções conservadoras no tratamento das dores inguinais musculo-tendíneas, ligamentares e ósseas relacionadas ao exercício: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Almeida, Matheus Oliveira de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2494702
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47728
Resumo: Contexto: As dores inguinais musculotendíneas, ligamentares e ósseas são comuns em atletas e podem levar ao afastamento do esporte por vários meses. Seu tratamento é sobretudo conservador. Objetivo: Avaliar a efetividade das intervenções conservadoras no tratamento das dores inguinais musculotendíneas, ligamentares e ósseas. Métodos: Esta revisão sistemática foi realizada por meio de uma busca eletrônica nas bases de dados até dezembro de 2014: Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register; MEDLINE; EMBASE; CINAHL; LILACS; PEDro; SPORTDiscus; OTseeker. Seleção dos estudos: Foram incluídos ensaios controlados aleatórios e quase aleatórios que avaliaram intervenções conservadoras no tratamento das dores inguinais relacionadas ao exercício. Coleta de dados: Dois autores, independentes, realizaram a extração de dados e avaliação do risco de viés. Resultados: Foram incluídos dois estudos, envolvendo um total de 122 participantes. Ambos os estudos foram classificados como alto risco de viés para pelo menos um dos domínios da avaliação de presença de viés. Não foi possível realizar metanálise. Um estudo, por meio de análise por intenção de tratar, encontrou diferença estatisticamente significativa a favor da terapia por exercício (fortalecimento dos adutores e abdominais e treinamento sensório-motor) comparado com fisioterapia convencional (alongamento, eletroterapia e massagem de fricção transversa) para o desfecho sucesso do tratamento no seguimento de 16 semanas (RR 2,50, IC 95% 1,43 - 4,37, P = 0,001). Similarmente, maior número de atletas tratados com exercício retornaram ao esporte no mesmo nível pré-lesão (RR 5,95, IC 95% 2,34 - 15,09, P = 0,0002). O segundo estudo não encontrou diferenças estatisticamente significativas no seguimento de 16 semanas entre o tratamento multimodal (calor, terapia manual e alongamentos) e a terapia por exercício (mesma intervenção do estudo acima) para o desfecho sucesso do tratamento (RR 0,99, IC 95% 0,59 - 1,66, P = 0,96) e retorno ao esporte no mesmo nível pré-lesão (RR 0,92, IC 95% 0,53 - 1,58, P = 0,75). Conclusão dos autores: A evidência disponível é insuficiente para recomendar alguma intervenção conservadora no tratamento das dores inguinais relacionadas ao exercício. Mais ensaios controlados aleatórios são necessários para reforçar os achados dos estudos incluídos nesta revisão.