Vamos Conversar? Discussão Sobre a Autonomia dos Usuários no Centro de Atenção Psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Abad, Audra Liz Magalhães [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61059
Resumo: Introdução: Esta pesquisa propôs visibilizar a questão da autonomia dos usuários em hospitalidade diurna (HD) do Centro de Atenção Psicossocial III (CAPS) – Centro, na cidade de Santos, estado de São Paulo. Popularmente a autonomia é caracterizada pelo fato da pessoa ter independência. Porém o referido trabalho foi pautado no conceito de que a autonomia está em ampliar a rede de dependências, de forma a que possamos dar sentido à vida, produzindo as próprias normas. Foi colocado em pauta a importância e os desafios de a equipe técnica fomentar a participação dos usuários na comunidade, espaços e serviços em que estão inseridos, despertando o senso de protagonismo em cada um. Objetivos: Buscou-se investigar e analisar quais as percepções dos usuários acerca de como se dá seu protagonismo e autonomia nos espaços em que estão inseridos, e mais especificamente identificar os usuários que necessitam de ações de fortalecimento com relação a sua autonomia, protagonismo, construção da própria história e de seus cuidados em saúde. Método: A pesquisa foi qualitativa com o grupo focal como instrumento principal para obtenção dos dados. Foram realizados três grupos focais nos meses de julho e agosto de 2019, tratando-se de temáticas diferentes a cada encontro; para o aquecimento de cada grupo foi proposto que os usuários fizessem colagens, desenhos ou frases sobre o tema da discussão central do encontro. Além disso, utilizou-se o diário de campo como produção de dados, sendo estes analisados por meio da análise de conteúdo. Resultados: Através deste estudo pudemos comprovar o quanto a questão da autonomia está presente no cotidiano dos usuários do CAPS que vão atrás de seus objetivos, tecem e expandem suas redes de apoio e seu poder de contratualidade no território em que estão inseridos. Ficou evidente que os usuários da Saúde Mental estão expostos a diversos tipos de violência, principalmente aqueles que vivem em regiões de maior vulnerabilidade e risco social, onde habitam em locais insalubres de quartos coletivos, como os cortiços. Destacou-se ainda que a maioria dos participantes da pesquisa procuram se esclarecer e estabelecem estratégias para adquirir ou pôr em prática seus direitos e, de certa forma, buscam o equilíbrio entre o autocuidado e suas realidades.