Centro de atenção psicossocial para usuários de álcool e outras drogas: análises dos conceitos e das práticas no contexto da reforma psiquiátrica e atenção psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fodra, Rosita Emilia Pereira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97631
Resumo: Este estudo tem como objetivo geral a leitura das configurações e a análise dos discursos e das práticas de um Centro de Atenção Psicossocial, destinada a atenção e cuidado de pessoas usuárias de álcool e outras drogas, em um município de médio porte, no estado do Paraná. O estudo levou em consideração o campo dos profissionais e da população usuária do serviço. Utilizamos como pautas para a investigação as prerrogativas do Ministério da Saúde, as perspectivas da Reforma Psiquiátrica e os princípios da Atenção Psicossocial. Para o processo investigatório utilizamos duas técnicas de investigação: a Observação Participante e o Grupo de Discussão, que utiliza o recurso da comunicação e expressão de um campo dialético, para obter o conhecimento e desenvolver a reflexão crítica sobre os saberes e as práticas existentes. Os resultados das análises, revelam que o CAPSad ainda está sem uma identidade que o possa definir mais claramente, dentro de um eixo teórico norteador para as práticas psicossociais e para as novas diretrizes nacionais. Apresenta uma relação fraca com o território e uma rede intersetorial pouco integrada, apontados como dificultadores de seu funcionamento. Os profissionais não conseguem articular os fundamentos psicossociais à prática. Para os usuários, o serviço funciona como fator de proteção e são emocionalmente dependentes da instituição, apresentam dificuldade em viver fora do ambiente institucional. O perfil social da maioria dos usuários se caracteriza por pessoas excluídas, marginalizadas socialmente e sem cidadania.