“Pontas Soltas”: uma análise histórica de A Saga do Monstro do Pântano (1983-1987)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Millena Barbosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71290
Resumo: As histórias em quadrinhos fazem parte da nossa vida cotidiana desde o século XIX. Sua massificação se deu através da consolidação da imprensa, trazendo conteúdo humorístico com caráter crítico por meio de tiras, cartuns e charges. No século XX, os quadrinhos tornaram-se autônomos em relação aos jornais, criando sua própria indústria. As histórias em quadrinhos criaram, em seus universos ficcionais, personagens que "testemunharam" eventos políticos e sociais de seus contextos de produção. Um dos autores mais influentes de histórias em quadrinhos da contemporaneidade, o britânico Alan Moore, reconfigurou o gênero trazendo narrativas complexas, violentas, recheadas de críticas aos super-heróis e à organização da sociedade capitalista, voltadas ao público adulto. Moore escreveu histórias de muito sucesso, como A Saga do Monstro do Pântano (1984-87), Watchmen (1986), V de Vingança (1988). Em A Saga do Monstro do Pântano, Alan Moore abordou diversos temas que estavam sendo discutidos na década de 1980, como a questão nuclear, políticas desarmamentistas, políticas antidrogas, sexismo, racismo, através de símbolos do horror gótico e da ficção científica. Para discutir as representações da Saga do Monstro do Pântano, os estudos da linguagem dos quadrinhos ajudam a entender as especificidades da nona arte e o emaranhado de relações que se desenvolvem entre os quadros. Dessa maneira, espera-se compreender como Alan Moore articula, em sua narrativa, seu posicionamento diante dos governos neoliberais e da onda conservadora de Margaret Thatcher e Ronald Reagan nos anos de 1980, analisando, através dos estudos narrativos dos quadrinhos, as representações presentes na obra.