Expressão e atividade da enzima conversora da angiotensina I como biomarcador de hipertensão, Na urina de receptores de transplante renal pediátricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pignatari, Maria Cecilia [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6634983
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53189
Resumo: A hipertensão pediátrica é um fator de risco para hipertensão nos adultos com prevalência entre 1 e 5%. Seu componente hereditário é estimado em 50%. A hipertensão primária resulta de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. O Sistema Renina Angiotensina é importante para o controle cardiovascular e da função renal. A Enzima Conversora da Angiotensina (ECA) tem as isoformas somática N- e C- domínio (130-190 kDa) e testicular C- domínio (90-110 kDa). Casarini e cols. descreveram a isoforma N-domínio de 90 kDa na urina de humanos hipertensos como um possível biomarcador de hipertensão. OBJETIVOS: Analisar a expressão e atividade das isoformas da ECA na urina de receptores de transplante renal pediátricos antes e após o transplante e urina do doador, para verificar a transmissão da isoforma de 90 kDa e correlacionar com a hipertensão. MÉTODOS: 30 receptores pediátricos de transplante renal com doadores vivos; a atividade da ECA foi realizada antes, 1, 3 e 6 meses após o transplante usando ZPhe-HL e HHL como substratos e sua razão. Análise do Western blotting para avaliar as isoformas da ECA (190,90 e 65 kDa). RESULTADOS: 69% tinham hipertensão pré-transplante e 85,7% história familiar de hipertensão. Após seis meses, 25% permaneceram hipertensos. Do pré-transplante até o sexto mês após, a atividade da ECA reduziu. No modelo de regressão linear com efeitos aleatórios entre atividade da ECA e diversas variável s, incluindo o pré-transplante, para o substrato ZPhe-HL permaneceram significantes tempo, e uropatia com maior atividade da ECA (0,023 mU/mg creatinina a mais); com HHL, tempo e uropatia (0.019 mU/mg creatinina a mais) e o peso com redução da atividade da ECA (0.00038 mU/mg creatinina a cada 1 kg de aumento no peso). No pós-transplante somente o tempo e o peso permaneceram significantes com ZPhe-HL e para o HHL, uropatia, proteinúria (0,010 mU/mg creatinina a mais da atividade) e peso. Receptores antes do transplante tinham mais alta atividade da ECA urinária quando comparados com controles. Dados do Western blotting mostraram que todos os receptores sem ECA de 90 kDa quando receberam um rim de doador que tinha essa isoforma começaram a expressá-la.CONCLUSÃO: O aumento da atividade da ECA nas uropatias pode ser associada com injúria renal ou produção intra-renal. A proteinúria, um marcador de lesão renal, pode ser associada com o aumento da atividade da ECA. Com a recuperação nutricional e um rim saudável após o transplante, os receptores podem reverter o grau de lesão renal e diminuir a produção da ECA. A análise de Western blotting demonstrou que 100% dos receptores sem a isoforma de 90 kDa pré-transplante, cujos doadores apresentavam essa isoforma, passaram a expressá-la após o transplante, sugerindo uma transmissão do perfil biológico ao receptor.