Comparação da eficácia e segurança da terapia de indução com dose única de timoglobulina versus basiliximab no transplante renal pediátrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Custódio, Luciana de Fátima Porini [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67396
Resumo: Objetivo: A terapia de indução é um componente padrão no transplante renal. No entanto, na população pediátrica, ainda existem incertezas sobre a melhor terapia de indução para alcançar a menor taxa de rejeição aguda (RA) e a incidência mais segura de infecções e malignidades. O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia e segurança da dose única de timoglobulina (ATG) versus basiliximabe (BAS) no transplante renal pediátrico em um ano. Métodos: Análise retrospectiva de centro único em pacientes submetidos a transplante renal pediátrico (TRP). Todos os TRP consecutivos foram elegíveis para análise. Os critérios de exclusão foram pacientes com PRA> 50%, re-transplantes, crianças incluídas em outros protocolos de estudo e aquelas que perderam o seguimento no primeiro ano após o transplante. De maio de 2013 a abril de 2016, todos os TRP pediátricos usaram o BAS como terapia de indução. De abril de 2016 a abril de 2018, todos receberam uma dose única de 3mg/Kg ATG como indução. Resultados: Foram realizados 266 TRP no período analisado e 227 pacientes (85%) foram incluídos para análise (grupo BAS = 113 e grupo ATG = 114). A sobrevida livre de rejeição aguda, perda do enxerto e óbito em um ano, avaliada por desfecho composto, foi superior no grupo que recebeu indução com ATG quando comparado ao grupo que recebeu indução com BAS (78 vs. 61%, p = 0,003). A superioridade da ATG foi principalmente relacionada à menor proporção de RA encontrada nesse grupo em comparação com BAS (19 vs. 34%, p=0,014). Não houve diferença na incidência geral de infecção por CMV (33 vs. 37% p = 0,5), taxa de reinternação no primeiro mês (24 vs. 23%, p=0,847) ou incidência de PTLD (1 vs. 3%, p = 0,28). Os pacientes do grupo ATG tiveram uma menor taxa de infecção por EBV (1 vs. 7%, p = 0,02). As taxas de sobrevivência de pacientes e enxertos em um ano foram, respectivamente, 100% e 97% no grupo ATG (p=0.154) e 98% e 94% no grupo BAS (p = 0.35) Conclusões: Esses dados sugerem que a indução de ATG em dose única de 3mg/Kg, quando comparada ao BAS, melhora a eficácia sem comprometer a segurança em transplantes renais pediátricos de baixo risco imunológico.