Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paes, Fernando Jose Villar Nogueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96197
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Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) impacta negativamente na sobrevida do enxerto e do paciente transplantado renal. A abordagem mais frequente e clássica da HAS usa aferições ambulatoriais manuais da pressão arterial (PA). O papel da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) na população geral está estabelecido, acrescentando acurácia ao diagnóstico e informações sobre o prognóstico. No entanto, a utilidade da MAPA em receptores de transplante renal (TxR) ainda não está totalmente estabelecida. Objetivos: Avaliar o comportamento da PA à MAPA em receptores de TxR estáveis, confrontando seus achados com as aferições manuais. Métodos: Estudo transversal incluindo 44 receptores de TxR de um hospital público quaternário, com função renal estável e entre o 3o e 6 o mês após o TxR. Análises de concordância entre medida convencional e MAPA foram realizadas com dois limites de normalidade: um mais rigoroso, baseado nas diretrizes do KDIGO (Limites I: PA ambulatorial <130/80 mmHg e PA média total à MAPA <125/75 mmHg) e um limite mais alto, aplicado à população geral de baixo risco (Limites II: PA ambulatorial <140/90 mmHg e PA média total à MAPA <130/80 mmHg). Resultados: Predominaram homens (54,5%) com idade média de 44  12,1 anos. 75% dos pacientes usavam anti-hipertensivos por ocasião da MAPA. A prevalência de HAS mascarada considerando os Limites I foi de 15,9% quando comparada à aferição mais próxima à MAPA e 31,8% quando confrontada com a média das 3 aferições prévias à MAPA. Com limites mais altos (Limites II), a HAS mascarada ocorreu em 22,7% quando comparada com a aferição mais próxima à MAPA e em 38,6% quando se utilizou a média das aferições. O comprometimento do descenso noturno esteve presente em 40 pacientes (90,9%). Considerando a MAPA como padrão-ouro, a acurácia da aferição manual mais próxima à monitorização foi de 72,7% para Limites I. Quando considerada a média das aferições, a acurácia foi de 56,8% para os mesmos limites. A acurácia de acordo com os Limites II foi de 68,2% e 54,6% para a medida mais próxima à MAPA e para a média das aferições, respectivamente. Houve pobre concordância diagnóstica entre MAPA e medidas ambulatoriais (Kappa = 0,095 a 0,374). A correlação linear entre os valores das pressões manuais e a média total à MAPA mostrou maior correlação com as pressões sistólicas do que com as diastólicas. Os valores dos coeficientes lineares (R) para pressões sistólicas foram 0,609 e 0,671 para primeira aferição mais próxima à MAPA e para a média das 6 aferições, respectivamente. Tais coeficientes para pressões diastólicas foram 0,521 e 0,454, respectivamente. Conclusão: Houve uma baixa concordância entre as aferições manuais e a MAPA, especialmente quanto à PA diastólica. A maioria dos pacientes apresentou descenso noturno alterado. Esses dados indicam que a MAPA pode ser útil durante a abordagem da HAS dos receptores de TxR, além de oferecer informações adicionais quanto ao comportamento circadiano da PA. Palavras-chave: Hipertensão arterial sistêmica. Transplante renal. Monitorização ambulatorial da pressão arterial.</span></div> |