A Encarnação do Sentido: A Expressão no Primeiro Merleau-Ponty

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Molina, Rafael [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67576
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar a ideia de expressão na primeira fase da obra de Merleau-Ponty, fase que tem como texto principal a Fenomenologia da Percepção, de 1945. Nesta obra a expressão aparece como gesto linguístico do corpo falante e encontra seu modelo no campo de presença, no movimento de passagem do presente em passado e futuro, dentro do esquema da temporalidade. O que o autor perseguiu nesta fase foi primeiramente afastar as teorias empiristas ou intelectualistas que nos induzem a acreditar em uma exterioridade entre o signo e a significação e nos impedem de reconhecer que “a palavra tem um sentido”. A abordagem da primeira fase leva o autor a falar em “milagre da expressão” e em “potência irracional de produzir significações e comunicá-las”, vocabulário que mais tarde será abandonado à medida que o autor pretende ultrapassar, retomando-o, o trabalho da primeira fase. Na fase final da produção merleau-pontyana, o limite delineado pela espontaneidade expressiva dentro do esquema temporal dará lugar a uma redefinição ontológica do problema, que incluirá uma produtividade da natureza. Em direção ao objeto central do trabalho, partimos de um exame da geração de Merleau-Ponty e dos problemas que ela enfrenta, que levam a geração e o nosso autor a mobilizar criticamente e tomar para si a fenomenologia.