Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Barbieri, Natália Alves [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23858
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Resumo: |
O presente trabalho tem como tema central as representações de velhice, envelhecimento e cuidado para profissionais que trabalham numa instituição asilar para idosos. As representações são entendidas como inerentes à prática de cuidado, sendo esta considerada um fenômeno relacional abordado pelos papéis exercidos por ambos protagonistas: aquele que cuida e aquele que é cuidado. Após revisão bibliográfica sobre o tema foi realizado um estudo de caso etnográfico numa instituição asilar no Município de São Paulo. Foram sujeitos desta pesquisa todos os profissionais da instituição, pois o cuidado permeia todas as instâncias do serviço, não se restringindo à enfermagem. O trabalho de campo foi realizado através de observação participante e entrevistas. A análise e metodologia foram orientadas pela articulação entre a Psicanálise e a Antropologia Social, que se encontram na área da Saúde Coletiva ao considerar os fenômenos humanos e sociais a partir de registros simbólicos, que ordenam o mundo a partir de significados, atribuídos por regras sociais. Após descrição do campo da pesquisa, os dados foram analisados em três grandes temas: (1) o trabalho e as relações institucionais; (2) designações e concepções de velho, velhice e envelhecimento e (3) o cuidado institucional: o dom e a técnica. A estrutura da instituição, baseada nos modelos caridoso e biomédico de atendimento, revelou-se um ponto crucial para a prática de cuidado aos idosos, por pressupor o saber e o dom (como dádiva) apenas aos profissionais, mantendo o idoso como alguém desamparado e que necessita de ajuda. O uso de termos “politicamente corretos” contribui para afastar o profissional do contato com a velhice do morador, como se o velho não existisse na instituição. O trabalho de campo permitiu lançar novos olhares para as questões levantadas na revisão bibliográfica, propor caminhos e sugestões para outros estudos que possam contribuir para enfrentar os inúmeros desafios relativos à assistência aos idosos como problemas de saúde pública. |