Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Müller, Carolina de Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/64937
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Resumo: |
Esta pesquisa analisa o documentário cubano Nuestra Haydée (2015), produzido pela Casa de las Américas e Cubavisión Internacional, com roteiro e direção da jornalista e cineasta cubana Esther Barroso (1968-). Este documentário trata da trajetória da cubana Haydée Santamaría (1922-80), guerrilheira do Movimiento 26 de Julio (movimento cujas ações ocasionaram a Revolução em 1959) e presidente da importante instituição cultural Casa de las Américas, de 1959 até 1980, ano em que comete suicídio. Após sua morte emblemática, iniciou-se um processo de mitificação de Haydée pela memória oficial cubana, ao qual o documentário Nuestra Haydée está relacionado. Esse discurso mitificador enfatizou, nas mídias cubanas, representações de feminilidade e sacrifício pessoal, salientando a postura “maternal” de Haydée à frente da direção da Casa de las Américas e minimizando sua atuação política e as possíveis divergências em relação à política cultural assumida pelo governo. Este documentário é uma das produções de caráter oficial que visa divulgar nacional e internacionalmente, por meio da linguagem audiovisual e das redes da internet, em tom heroico, a trajetória política de Haydée e a celebração da Revolução. Investigamos o processo de produção do documentário, seu formato e o discurso que constrói sobre a vida de Haydée e o processo revolucionário, considerando o contexto em que foi realizado (Cuba dos anos 2010, sob o governo de Raúl Castro). Demonstramos que este documentário apresenta, por meio da linguagem audiovisual, uma avaliação histórica do papel de Haydée como guerrilheira e dirigente no contexto do processo de institucionalização da Revolução Cubana, não isenta de ambiguidades e silenciamentos. Problematizamos as noções de gênero presentes no documentário, considerando, ainda, que o mesmo foi realizado por uma diretora e e que há, em Cuba, uma tradição de filmes nacionais com temáticas voltadas ao lugar da mulher na Revolução. Também investigamos o papel de uma mulher negra como protagonista e se obra se enquadra como de temática feminista. Por fim, também abordamos a repercussão do documentário em Cuba e no exterior. |