Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Puppim, Amanda Aparecida [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70851
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Resumo: |
Com o objetivo de contribuir para a produção de uma história revisitada da literatura infantil e juvenil brasileira ao longo dos séculos XX e XXI, propõe-se aqui a análise da produção literária destinada a crianças e jovens da escritora Geni Guimarães, com enfoque na compreensão de seu lugar como mulher negra nessa história. A partir dos aportes da pesquisa de abordagem histórica, com base nos pressupostos da História Cultural, especialmente a História do Livro e das edições e a História dos Intelectuais, a pesquisa foi desenvolvida por meio dos procedimentos de localização, recuperação, reunião, seleção, ordenação e análise das fontes documentais, com base no uso do conceito de “configuração textual”. O desenvolvimento da pesquisa permitiu observar que a voz negra na história da literatura infantil e juvenil tem lugar restrito e pouco conhecido. Assim, embora não seja possível concluir que Geni Guimarães seja a primeira mulher negra atuando nesse campo, desde os anos 1990, quando iniciou seus trabalhos, ela contribuiu de maneira efetiva na mudança desse cenário. Ao analisar as características artístico-literárias da produção escrita de Geni Guimarães, foi possível observar que seus livros são marcados por suas experiências pessoais em relação à condição de mulher preta na sociedade brasileira, com fortes identificações biográficas, provocando diferentes reflexões sobre o racismo estrutural persistente em nossa sociedade e sobre como as identidades negras podem ser reconhecidas, compreendidas e valorizadas a partir de óticas que subvertem a lógica comumente instituída em nossa sociedade. |