Geni Guimarães: voz negra na literatura infantil e juvenil (1989-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Puppim, Amanda Aparecida [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/70851
Resumo: Com o objetivo de contribuir para a produção de uma história revisitada da literatura infantil e juvenil brasileira ao longo dos séculos XX e XXI, propõe-se aqui a análise da produção literária destinada a crianças e jovens da escritora Geni Guimarães, com enfoque na compreensão de seu lugar como mulher negra nessa história. A partir dos aportes da pesquisa de abordagem histórica, com base nos pressupostos da História Cultural, especialmente a História do Livro e das edições e a História dos Intelectuais, a pesquisa foi desenvolvida por meio dos procedimentos de localização, recuperação, reunião, seleção, ordenação e análise das fontes documentais, com base no uso do conceito de “configuração textual”. O desenvolvimento da pesquisa permitiu observar que a voz negra na história da literatura infantil e juvenil tem lugar restrito e pouco conhecido. Assim, embora não seja possível concluir que Geni Guimarães seja a primeira mulher negra atuando nesse campo, desde os anos 1990, quando iniciou seus trabalhos, ela contribuiu de maneira efetiva na mudança desse cenário. Ao analisar as características artístico-literárias da produção escrita de Geni Guimarães, foi possível observar que seus livros são marcados por suas experiências pessoais em relação à condição de mulher preta na sociedade brasileira, com fortes identificações biográficas, provocando diferentes reflexões sobre o racismo estrutural persistente em nossa sociedade e sobre como as identidades negras podem ser reconhecidas, compreendidas e valorizadas a partir de óticas que subvertem a lógica comumente instituída em nossa sociedade.