A escrita feminina negra: lugar de memórias na obra literária de Geni Mariano Guimarães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Selma Maria da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14852
Resumo: A discussão e reflexão crítica desta pesquisa tem como foco a escrita feminina negra, expressão estética e ética de mulheres negras, no conjunto da Literatura Negra Brasileira. A Literatura Negra Brasileira produz imagens que desvelam a humanidade quer na tessitura temática, quer na elaboração das tramas, no delineamento dos meandros subjetivos e complexo dos seus personagens, inseridos em cenários, na maioria das vezes, antagônicos aos representados nos discursos canonizados. Ao ter como tema/problema a escrita feminina negra (Gonzalez, 1981) busca-se identificar, no conjunto da Literatura Negra Brasileira, as tensões estéticas que permeiam a construção da identidade brasileira ou das identidades (Barata, 2002, p.8) brasileiras. Existem na dinâmica das relações interétnicas brasileiras condicionantes históricos que buscam camuflar conflitos econômicos e tensões ideológicas. A escrita negra brasileira rompe com o discurso cultural dominante. A Literatura Negra Brasileira tem a memória coletiva de negros e negras, como uma de suas singularidades discursivas: através da memória os acontecimentos são revisitados e lidos na perspectiva dos autores negros e negras. A produção literária de Geni Guimarães no contexto da Literatura Negro Brasileira constitui-se como a possibilidade do diálogo, na atualidade, com o passado não polifônico. Passado este no qual as expressões estéticas das representações de mulheres negras estereotipadas foram caracterizadas como legítimas. As memórias das muitas mulheres negras, por elas revisitadas transbordam anseios e desejos particulares de pertencimento étnico e de gênero. Transformam e transbordam paixões, desejos e anseios de hoje, ontem e sempre para empoderar falas, silêncios, corpos, danças e movimentos das muitas mulheres negras brasileiras