Impacto dos peptídeos RIC1 e SCR-RIC1 na imunoedição do melanoma metastático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Godoy, Brenda Mery Santos de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62649
Resumo: O melanoma cutâneo é um câncer de pele de grande relevância devido a seu alto potencial metastático. Dado o cenário de resistência às terapias convencionais apresentado por grande parte dos pacientes acometidos por melanoma avançado, estudos arquitetando novas terapias e combinações terapêuticas, como a imunoterapia com peptídeos, têm ganhado cada vez mais espaço no tratamento desta neoplasia. Nos anos anteriores, nosso grupo (UNONEX) foi responsável por diversas publicações que demonstraram o efeito antimetastático de sequências peptídicas no modelo de melanoma murino B16F10-Nex2. Em especial, trabalhos recentes abordam a interferência do peptídeo C36L1 no eixo MIF/CD74, além de sua capacidade antimetastática e de reversão do perfil pró-tumorigênico de células imunes inatas. O presente trabalho foi idealizado para verificar se os peptídeos derivados do protótipo C36L1, RIC1 e RIC2, apresentam capacidade antitumoral e imunomoduladora similar ao peptídeo de origem. Os resultados mostram um significativo efeito antitumoral do peptídeo RIC1, mas não do peptídeo RIC2. Uma versão desarranjada do peptídeo RIC1, chamado SCR-RIC1, surpreendentemente também apresentou efeito antitumoral quando administrado isoladamente e em combinação com outras terapias, como anti PD-1. Foram realizados ensaios de diferenciação e maturação celular onde observou-se que a adição concomitante dos peptídeos RIC1 ou SCR-RIC1 com MIF, que é secretada pela célula tumoral, impede que macrófagos diferenciados de medula óssea e suprimidos pela presença do MIF reduzam a expressão de iNOS, sugerindo um apoio à inibição do desenvolvimento tumoral nessas condições. Além disso, observou-se promissora redução do número de nódulos pulmonares nos ensaios in vivo com os peptídeos RIC1 e SCR-RIC1 tanto de forma isolada quanto em associação com anti-PD-1 e anti-OX40. A compilação de dados apresentada aponta resposta antitumoral desses peptídeos no modelo de melanoma murino metastático B16F10-Nex2.