Papel da anexina A1 na endometrite experimental: ativação dos mastócitos e do inflamassoma NLRP3

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vieira, Renata Ramos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
LPS
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69517
Resumo: Objetivo: Avaliar o papel da proteína anexina A1 (AnxA1) endógena em modelo de endometrite aguda induzida por lipopolissacarideo (LPS). Métodos: Para indução da endometrite, camundongos fêmeas C57BL/6 selvagens (WT) e nocautes para AnxA1 (AnxA1-/-) receberam uma infusão vaginal de 50 μL de LPS (1 mg/mL) dissolvido em PBS; o grupo Sham recebeu apenas PBS. Após 24 horas, os animais foram eutanasiados para coleta de sangue e do útero. Resultados: As análises moleculares nos homogenatos uterinos confirmaram a ausência da expressão proteica da AnxA1 em camundongos fêmeas AnxA1-/-, enquanto nenhuma alteração foi detectada em sua expressão entre os grupos WT Sham e LPS. As análises morfológicas do útero após 24 horas da indução da endometrite, mostraram redução significativa da espessura endometrial e aumento da espessura epitelial uterina nos animais AnxA1-/- em comparação com os animais AnxA1-/- Sham (p < 0,01). Ambos os genótipos (WT e AnxA1-/-) apresentaram um aumento significativo do escore inflamatório no endométrio em relação aos respectivos grupos Sham (p < 0,05 WT; p < 0,01 AnxA1-/-). A endometrite induzida por LPS também produziu uma resposta inflamatória sistêmica caracterizada pelo aumento do número de leucócitos do sangue periférico nos animais WT e AnxA1-/- em comparação com os grupos Sham (p < 0,001). A falta de AnxA1 exacerbou essa resposta sistêmica com aumento dos níveis plasmáticos das citocinas IL-1β, IL-6, IL-10, IL-17 e TNF-α em comparação com o grupo Sham AnxA1-/-. As análises por western blotting mostraram redução da expressão das isoformas de caspase 1 (pró e clivada), bem como da pró- IL-1β nos homogenatos uterinos no grupo AnxA1-/- LPS em comparação com o grupo WT LPS. Por outro lado, a endometrite aguda não afetou a expressão do NLRP3 no útero. A análise dos mastócitos uterinos no grupo AnxA1-/- LPS demonstrou aumento significativo de células degranuladas em comparação com o grupo AnxA1-/- Sham (p < 0,01), observação confirmada pelo aumento acentuado da expressão da protease 6 dos mastócitos nos homogenatos uterinos dos animais AnxA1-/- LPS. Conclusão: A falta da AnxA1 endógena exacerba a resposta inflamatória no modelo de endometrite aguda por meio do aumento da liberação de citocinas pró-inflamatórias plasmáticas e da ativação de mastócitos uterinos.