Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Amanda Costa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/146721
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Resumo: |
A esporotricose é uma infecção fúngica causada pelas espécies do complexo Sporothrix, incluindo Sporothrix schenckii sensu stricto. Os receptores de reconhecimento padrão (PRRs), pertencentes às células da resposta imune inata, reconhecem os padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs). Uma classe de PRRs que tem sido associada ao reconhecimento de fungos é a dos receptores Nod-like (NLR). Após o reconhecimento de PAMPs, os receptores NLR family pyrin domain–containing 3 (NLRP3), em conjunto com a molécula adaptadora Apoptosis-associated speck–like protein containing a caspase recruitment domain (ASC) e com a caspase-1, formam o inflamassoma NLRP3. Quando ativado, este complexo protéico promove a maturação das citocinas pró-inflamatórias IL-1β e IL-18, que influenciam no desenvolvimento das respostas imune Th17 e Th1, respectivamente. O inflamassoma NLRP3 também é responsável pela piroptose, uma morte celular inflamatória regulada por caspase-1. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o papel do inflamassoma NLRP3 em modelo de infecção sistêmica por S. schenckii, utilizando um camundongo selvagem (WT) e três diferentes camundongos knockout (KO): NLRP3-/-, ASC-/- e Casp-1-/-. Todos os animais KO foram mais suscetíveis que os WT na infecção por S. schenckii. A ativação do inflamassoma NLRP3 foi essencial para a liberação ex vivo de NO, IL-1β, IL-17, IL-18, mas não para IFN-γ. Além disso, S. schenckii desencadeou maior expressão de caspase-1 ativa e maior porcentagem de células em piroptose nos animais WT. Em adição, o inflamassoma NLRP3 também foi crucial para a formação de respostas imunes adaptativas, visto que as frequências de células Th17 e Th1/Th17 estavam reduzidas nos animais KO infectados. Por outro lado, a ausência de ativação deste complexo proteico resultou em aumento da frequência de células T citotóxicas nesta infecção. Em conclusão, nossos resultados mostraram que o inflamassoma NLRP3 correlaciona o desencadeamento das respostas imunes inata e adaptativa no reconhecimento de S. schenckii, contribuindo com a resposta protetora do hospedeiro durante a infecção por este fungo. |