Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Gabriela Cruz [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69139
|
Resumo: |
Objetivo: Investigar possíveis alterações nos níveis das moléculas envolvidas na homeostasia de ferro após infecção por SARS-CoV-2. Métodos: O metabolismo de ferro ocorre predominantemente no fígado, células HuH-7, hepatócito derivado de carcinoma, foram usadas para verificar o efeito da infeção no modelo celular, foi infectado com SARS-CoV-2 e/ou tratado com IL-6 para mimetizar a inflamação que ocorre após a infecção. Expressão de genes envolvidos na internalização do vírus, como ECA2, TMPRSS2 e TMPRSS6, e as proteínas relacionadas ao metabolismo de ferro como hepcidina (gene HAMP), ferritina, ferroportina e receptor de transferrina (TfR) foram analisadas. Além disso, foram utilizados dados clínicos anonimizados de pacientes do repositório publicamente disponível (FAPESP COVID 19 Data Sharing/BR), usando programação Python para extração e gerenciamento de dados. Os dados incluíram teste de COVID-19, IMC, idade, sexo, ferritina sérica, ferro sérico e saturação de transferrina e as datas em que os exames foram realizados. Resultados: Em geral, a infecção com SARS-CoV-2 e/ou tratamento com IL-6 aumentou a expressão gênica de ECA2, TMPRSS2 e TMPRSS6, sugerindo que a infecção ou inflamação causada pode facilitar a entrada de mais vírus na célula. Nas mesmas condições, o aumento da hepcidina (HAMP) também foi observado. No entanto, a redução de ferritina e o aumento do TfR foram observados apenas nas células tratadas com IL-6 de maior concentração (10ng/ml) e infectadas. Na análise de dados clínicos, os níveis mais baixos de ferro estão associados à obesidade. Mas independentemente dos níveis de ferro, os níveis de ferritina estão aumentados tanto no grupo com obesidade quanto no grupo positivo para COVID-19 em mulheres, mas não em homens. Conclusão: Demonstramos que a infecção por SARS-CoV-2 pode alterar a expressão de genes importantes para a sua infecção. Além disso, também observamos a alteração nos níveis de proteínas relacionadas ao metabolismo de ferro, que por vez é um cofator importante para a sobrevivência e replicação viral. Concluímos também que tanto a COVID-19 quanto a obesidade possuem efeitos sinérgicos nos níveis de ferritina |