Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Passos, Amanda Stephane Cruz dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-11042024-085401/
|
Resumo: |
A compreensão completa da doença COVID-19 é crucial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção, diagnóstico e tratamento. Dada a complexidade e a variabilidade da patogênese da COVID-19, é fundamental investigar como o vírus SARS-CoV-2 interage com diferentes tecidos do corpo humano. Nesse sentido, a pesquisa sobre a infecção por SARS-CoV-2 no tecido adiposo humano emerge como uma área altamente promissora e relevante. Ao explorar essa interação única, podemos obter insights valiosos que não apenas ampliam nossa compreensão da doença, mas também podem abrir caminho para abordagens terapêuticas inovadoras e personalizadas. Neste trabalho, avaliamos o papel do tecido adiposo na infecção por SARS-CoV-2 e como o vírus interage com os adipócitos, incluindo os mecanismos intracelulares utilizados para infectar e se replicar, bem como o impacto da infecção na função lipolítica celular. Para entender os mecanismos intracelulares utilizados pelo vírus para infectar e se replicar em adipócitos, realizamos análises em amostras de tecido adiposo torácico post-mortem de pacientes falecidos por COVID-19. Observamos marcações imunológicas para proteína viral e quantificamos o RNA viral por RT-qPCR. Além disso, infectamos adipócitos humanos maduros em cultura e avaliamos a infecção nessas células. Descobrimos que os adipócitos viscerais são mais suscetíveis à infecção em comparação com os subcutâneos, devido à maior expressão da proteína de entrada viral, a Enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2). O vírus utiliza a maquinaria intracelular, reduzindo a expressão de enzimas envolvidas na lipólise e diminuindo a produção de produtos desse processo, como o glicerol, para sustentar sua replicação e promover uma infecção produtiva. Notavelmente, quando simulamos a ativação lipolítica usando uma droga beta-adrenérgica, observamos um aumento da quantidade de vírus infecciosos no meio extracelular. Esses resultados destacam que as células adiposas viscerais são mais permissivas à infecção por SARS-CoV-2 e revelam a capacidade do vírus de interferir nas proteínas essenciais da lipólise intracelular. Compreender a interação entre o vírus e o tecido adiposo pode fornecer implicações significativas no diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. |