A Aceitação do Enunciado Básico: Uma Análise da Ideia de Progresso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Machado da Silva, Luiz Ben Hassanal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62469
Resumo: Nossa investigação tem como objeto o problema da base empírica tal como proposto por Popper no capítulo 5 da obra The Logic of Scientific Discovery. Buscamos esclarecer, em especial, os desdobramentos de sua solução convencionalista. Pensamos que o convencionalismo como fundamento do enunciado básico é rico em interessantes consequências para uma concepção de ciência que resiste aos limites formalistas da epistemologia popperiana. Essa investigação nos traz os elementos práticos da pesquisa científica ao centro do debate epistemológico. A prática científica surge como fundamento da aceitação do enunciado básico, de tal maneira que essa aceitação é pensada como um processo concreto que envolve decisões, temporalidade e noções que dizem respeito à organização social da comunidade científica. A dimensão social da atividade científica conduz a limitação do formalismo falseacionista e aponta para elementos políticos, sociais e mesmo ontológicos da atividade científica. Novamente a leitura de Popper se faz relevante. A mobilização de conceitos que apontam para a organização científica, em torno de elementos tais como progresso como crescimento do conhecimento e aproximação da verdade, revela-se de particular interesse para nosso problema. O processo de aceitação do enunciado básico se apresenta como condicionado pela organização social da comunidade científica e assim ele se torna importante para lançar alguma luz nas fronteiras epistemológicas da pesquisa científica.