Caracterização da proteína HMGB1 (nuclear high mobility group box – 1) e copeptina no sistema hipotálamo neurohipofisário na sepse experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: BELTRÃO, Raphaelle Lima de Almeida
Orientador(a): GOMES, Dayane Aparecida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40654
Resumo: Sepse é definida como uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção que continua sendo uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. Estudos apontam uma estreita correlação entre o sistema nervoso central, o sistema imunológico e a resposta do hospedeiro à sepse. Uma prova desta relação é a disfunção neurohipofisária que ocorre na sepse, com destaque para as alterações da síntese e secreção de vasopressina (AVP), que exibe um padrão bifásico, contribuindo para a perpetuação do estado de choque e a disfunção múltipla de órgãos. Quando a célula é exposta a agentes inflamatórios, a HMGB1 (NUCLEAR HIGH MOBILITY GROUP BOX – 1) sai do seu domínio nuclear e ganha o ambiente extracelular, por isso ela tem sido alvo de vários estudos e, embora não tenha sido verificado correlação entre os níveis séricos de HMGB1 com a gravidade da doença, seus níveis elevados quase sempre estão associados com a morte do indivíduo. Portanto, este estudo teve por objetivo avaliar se houve alteração no conteúdo protéico da HMGB1 e da copeptina no sistema hipotálamo neurohipofisário durante o desenvolvimento do choque séptico. Foram utilizados 46 ratos machos adultos (60 dias) (Rattus norvegicus). A sepse foi induzida através do experimento in vivo através do modelo de ligadura e punção cecal (CLP) e o grupo controle (CTR) foi submetido à cirurgia simulada. Ao analisar o perfil temporal da sepse, foi verificado que 6h após o CLP ocorreu aumento nas concentrações plasmáticas de creatinina, ureia e lactato e uma diminuição de albumina 12h. A imunohistoquímica dos núcleos paraventriculares não revelaram diferenças na expressão proteica de copeptina, porém ao analisar as marcações dos núcleos supraópticos, foi visto que em 6h ocorreu um aumento da expressão proteica de copeptina entre CTR 0 e 6h, assim como entre CLP 0 e 6h. Não foram encontradas diferenças nas marcações para HMGB1 entre animais CLP e CTR. Em suma, o perfil bioquímico assemelha-se ao encontrado no quadro de sepse. Não foram encontradas evidências de que a produção de copeptina (marcador indireto de AVP) esteja comprometida durante a sepse. Por fim, a proteína HMGB1 no núcleo supraóptico não foi modulada pela sepse na fase inicial. PALAVRAS CHAVES: Arginina Vasopressina. Choque Séptico. Proteína HMGB1. Copeptina.