Imunoterapia anti-HIV baseada em células dendríticas : análise fenotípica e resposta imune celular pós vacinal
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9344103 https://hdl.handle.net/11600/64714 |
Resumo: | Os obstáculos para a cura esterilizante da infecção pelo HIV entre pacientes tratados com antirretrovirais são a replicação viral residual proveniente dos assim chamados “santuários” do HIV-1 e a latência celular/viral. Este trabalho faz parte de um projeto que tem como objetivo a tentativa de erradicação da infecção pelo HIV com o uso de intervenções associadas. Nosso objeto de estudo foi a imunoterapia baseada em células dendríticas derivadas de monócitos (MoDCs), que constitui uma estratégia promissora para o tratamento de indivíduos infectados pelo HIV, na tentativa da eliminação das células infectadas em santuários Objetivo: Caracterizar a imunogenicidade do produto vacinal constituído por células dendríticas derivadas de monócitos (MoDCs) autólogos provenientes de indivíduos infectados pelo HIV, estimuladas com peptídeos autólogos. Métodos: Dez indivíduos infectados pelo HIV foram imunizados. As células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) foram obtidas por leucaférese. Os monócitos foram diferenciados em DCs na presença de IFN-α e GM-CSF. As DCs foram estimuladas com peptídeos autólogos. Três doses da vacina foram injetadas na região subcutânea axilar e inguinal dos pacientes a cada 2 semanas. Seis horas antes da inoculação nos pacientes, as MoDCs foram ativados pela adição de lipopolissacarídeo (LPS). Análises fenotípicas do produto da vacina foram realizadas. As respostas de células T específicas do HIV foram avaliadas após 48 horas de incubação com peptídeos autólogos. As amostras dos pacientes foram coletadas no momento da primeira dose da vacina (dia 0), no momento da 2ª dose da vacina (dia 14, refletindo o impacto da primeira dose da vacina), no momento da 3ª dose da vacina (dia 28) , refletindo o impacto da 2ª dose da vacina) e 2 meses após a 3ª dose da vacina (dia 90). As células do paciente foram estimuladas com peptídeos autólogos usados para sensibilizar as MoDCs, e IL2, TNF e IFN foram medidos por citometria de fluxo nas células T CD4 + e células T CD8 +. Quanto ao experimento de controle, as células do paciente foram estimuladas com enterotoxina do S aureus tipo B (SEB) e brefaldina (BFA). Resultados: Comparadas às células imaturas, as MoDCs maduras mostraram um perfil com uma expressão aumentada de HLA-DR, CD 86, CD80, CCR7, CD40 e CD83.Em relação às respostas de células T específicas para o HIV, houve um aumento significativo na medida das interleucinas do dia zero ao dia 14 e 14 a 28 nas células T CD4 + (IL-2 p = 0,008, TNF p = 0,0002 e IFN p = 0,005) e um aumento significativo nas medições de IL2 (p = 0,002) e TNF (p = 0,003) do dia zero ao dia 14 e 14 ao 28 (Kruskal-Wallis). Conclusão: Coletivamente, os resultados mostraram que os MDDCs usados na vacina têm um perfil maduro e essa intervenção promoveu resposta imune in vitro em pacientes infectados pelo HIV. |