Análise fenotípica e funcional de células dendríticas polarizadas para o tipo alfa-1 (alfa-DC1) derivadas de monócitos de indivíduos infectados pelo HIV-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santillo, Bruna Tereso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-29012021-100912/
Resumo: Resumo: A imunoterapia baseada em células dendríticas derivadas de monócitos (MoDCs) constitui uma estratégia promissora para o manejo de indivíduos infectados pelo HIV podendo atuar como um tratamento complementar para pacientes que fazem uso de terapia antirretroviral. Protocolos para obtenção de MoDCs convencionais, aqui denominadas IL4-DCs, utilizam como mediadores da diferenciação celular as citocinas IL-4 e GM-CSF que originam DCs imaturas com características mielóides. O estímulo das DCs imaturas com citocinas pró-inflamatórias TNF-alfa, IL-1beta e IL-6 ativa as MoDCs tornando-as aptas a apresentar antígenos e iniciar uma resposta imune específica. As IL4-DCs tem demonstrado capacidade de induzir resposta específica de linfócitos T, mas ainda demonstram baixo potencial de migrar para os linfonodos e produzir IL-12p70, essencial para estimular linfócitos Th1. Um protocolo alternativo tem proposto a utilização de interferons dos tipos I e II, além de agonistas de TLR para suplementar o estímulo para ativação de MoDCs. As MoDCs assim estimuladas são denominadas células dendríticas polarizantes para o tipo alfa-1 (alfa-DC1) e apresentam capacidade de produzir níveis elevados de IL-12p70 levando a uma potente resposta Th1. O potencial terapêutico de alfa-DC1 foi demonstrado inicialmente em protocolos de imunoterapia para pacientes de tumores e mais recentemente foi desenvolvido protocolo para indivíduos infectados pelo HIV. Há alguns anos nosso grupo de pesquisa está envolvido com protocolo clínico de imunoterapia baseada em IL4-DCs pulsadas com vírus quimicamente inativado. Neste contexto, com o objetivo de buscar alternativas para aperfeiçoar a imunoterapia, a nossa proposta foi avaliar in vitro aspectos fenotípicos e funcionais das alfa-DC1 pulsadas com HIV quimicamente inativado com potencial de aplicação na imunoterapia. Para tanto, foram avaliadas alfa-DC1 e IL4-DCs de pacientes e controle quanto à morfologia, expressão de moléculas de superfície, produção de IL-12p70, capacidade de estimular a produção de IFN-y e expressão de CD107a em linfócitos T autólogos e capacidade de estimular a proliferação de linfócitos T alogênicos. Os resultados revelaram que as alfa-DC1 apresentam maior expressão de CD40, CCR7 e CCR5, quando comparadas às IL4-DCs. Os resultados dos ensaios funcionais demonstraram que as alfa-DC1 tendem a produzir maiores níveis de IL-12p70 e que ambas alfa-DC1 e IL4-DCs foram capazes de estimular linfócitos T autólogos de pacientes a produzirem IFN-y. Ainda, ambas MoDCs foram capazes de induzir a proliferação de linfócitos T alogênicos de pacientes e HIV-. Embora as alfa-DC1 e IL4-DCs constituam populações distintas de MoDCs, demonstrando potencial de produção de IL-12p70 distintos, observamos que a capacidade de reconhecer e apresentar antígenos virais e estimular resposta de linfócitos T foi semelhante entre estas duas populações