Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tiyo, Bruna Tiaki |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-01042024-165325/
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Resumo: |
A imunoterapia baseada em células dendríticas (DC) constitui uma ferramenta potencial para aperfeiçoar o tratamento da infecção pelo HIV, cujo intuito é estimular e direcionar uma resposta imune específica contra a infecção viral. O protocolo mais utilizado para a obtenção de DCs envolve a cultura de monócitos na presença de IL-4 e GM-CSF e posterior ativação das DCs imaturas com citocinas pró-inflamatórias. As aDC1, diferentemente das DCs derivadas de monócitos convencionais, exibem uma capacidade superior de induzir uma resposta de linfócito T CD8+, capaz de eliminar células infectadas pelo HIV-1. Além da importância da qualidade da DC, agentes carreadores têm ganhado notoriedade por melhorarem a entrega do antígeno para célula ou tecido de interesse. A nanopartícula de quitosana (QS) tem sido utilizada por ter origem de um polímero natural, não-tóxico, biocompatível e biodegradável, enquanto a nanopartícula de sílica tem sido amplamente aplicada no contexto de delivery de fármacos e antígenos por conta de sua estabilidade e possibilidade de diferentes formulações. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do uso de nanopartículas para o delivery de antígenos de HIV em células dendríticas do tipo aDC1. Nos ensaios iniciais, a avaliação da viabilidade das células de linhagem RAW 264.7, estimuladas com nanopartículas de QS e sílica, foi avaliada por MTT. Entretanto, desafios como a instabilidade e a reprodutibilidade na produção das nanopartículas de QS foram decisivos para encerrarmos os ensaios com a QS. Dessa forma, optamos por dar continuidade somente com as nanopartículas de sílica. A proporção calculada para conjugação de nanopartículas de sílica aos peptídeos de HIV foi de 10:1. A avaliação da viabilidade e análise fenotípica de aDC1, pulsadas com nanopartículas de sílica, foi realizada por citometria de fluxo, assim como a avaliação dos diferentes tempos de internalização das partículas pelas células. Diferentemente, as nanopartículas de sílica, na concentração de 10 g/ml, conjugadas a 1 g/ml do peptídeo Gag.27 do HIV, parecem não interferir na viabilidade das aDC1, quando comparadas às nanopartículas sem conjugação à antígenos. Em relação à avaliação do perfil fenotípico das aDC1, na qual foram utilizados os marcadores de ativação e maturação CD40, CCR7, CD80, CD83 e HLA-DR, nenhuma diferença significativa foi observada entre as células que receberam as nanopartículas dos controles. Um achado inesperado foi o aumento na expressão da molécula CD14 nas aDC1 pulsadas com as nanopartículas de sílica, principalmente quando não associadas aos peptídeos, fato que pode estar relacionado à apoptose celular. Por fim, o tempo de 8 horas parece ser o suficiente para a internalização das nanopartículas de sílica conjugadas aos peptídeos de HIV por aDC1, achado demonstrado por citometria e microscopia de fluorescência. Em suma, reiteramos o potencial uso das nanopartículas de sílica conjugadas a peptídeos de HIV para culturas de células com aDC1 |