Esquizofrenia e síndrome da deleção 22q11.2: Caracterização de genes relevantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ota, Vanessa Kiyomi Arashiro [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9477
Resumo: Introdução: A esquizofrenia é o transtorno mental mais grave e incapacitante entre os distúrbios psiquiátricos. Ela é uma doença complexa e com fenótipo heterogêneo. Dentre os fatores genéticos que parecem ter um papel na etiologia da esquizofrenia está a deleção 22q11.2. Objetivos: Investigar alterações cromossômicas, polimorfismos dos genes UFD1L e ZDHHC8, mutações no gene TBX1 e variações no número de cópias na esquizofrenia e na síndrome da deleção 22q11.2, e correlacionar com achados de avaliações genético-clínicas, psiquiátricas, neuropsicológicas e de neuroimagem. Métodos: Um total de 200 portadores de esquizofrenia, 200 indivíduos controles e 10 portadores do fenótipo clínico da síndrome da deleção 22q11.2, mas sem a deleção, participaram do presente estudo. Os pacientes com esquizofrenia foram estudados por citogenética clássica e Multiplex Ligation-dependent probe amplification. Os polimorfismos rs5992403 (gene UFD1L) e rs175174 (gene ZDHHC8) foram investigados em pacientes com esquizofrenia e controles por meio de PCR em tempo real com sonda TaqMan. Outros polimorfismos do gene UFD1L foram analisados, rs5746744 e rs1547931, por Restriction Fragment Length Polymorphism. Mutações no gene TBX1 foram investigadas em portadores do fenótipo clínico da síndrome da deleção 22q11.2, mas sem a deleção, por meio de sequenciamento genômico. As variações no número de cópias foram analisadas por meio da metodologia de array em pools. Os pacientes com esquizofrenia também foram avaliados por testes neuropsicológicos e por neuroimagem estrutural. Resultados: Todos os cariótipos estudados foram normais. Foi encontrada um paciente com a deleção de 1,5 megabases na região 22q11.2. Os polimorfismos rs5992403 (UFD1L) e rs175174 (ZDHHC8) foram associados com a idade de acometimento da esquizofrenia. Além disso, todos os polimorfismos investigados parecem desempenhar um papel na morfologia cerebral e em habilidades cognitvas. Nenhuma mutação foi encontrada no gene TBX1, apenas polimorfismos, em portadores do fenótipo clínico da 22q11DS. Foram encontradas três regiões amplificadas em pools de DNAs de portadores de esquizofrenia: 1p36.32, 2q37.3 e 22q11.21. Conclusões: O estudo permitiu avaliar a participação de fatores genéticos em determinadas características da esquizofrenia, propiciando um melhor entendimento sobre a etiologia e fisiopatologia dessa doença complexa.